A estratégia financeira que fez Bill Gates ganhar US$ 16 bilhões só este ano
Bill Gates, fundador da Microsoft que hoje se dedica a projetos sociais, faturou US$ 16 bilhões este ano. O ganho levou a sua fortuna a US$ 106 bilhões, de acordo com a Bloomberg – atrás apenas de Jeff Bezos, fundador da Amazon e o homem mais rico do mundo. O método para atingir esse resultado foi simples: “a estratégia é investir mais de 60% em participações em empresas”, conta à Bloomberg. “Mas não é como estivéssemos em uma postura defensiva na qual estamos usando só dinheiro ou algo assim.”
A fortuna dos Gates tinha cerca de US$ 60 bilhões em ativos, na segunda-feira (16/09). Em comparação, o portfólio médio de grupos de investimentos familiares na América do Norte detinha 32% de seus ativos em ações em 2018, de acordo com o relatório global de investimentos familiares de Campden Wealth.
Segundo Michael Larson, gerente de investimentos do Cascade Investment, a estratégia permitiu ao fundador da Microsoft criar a maior fundação privada do mundo, a Fundação Bill & Melinda Gates, sem afetar sua fortuna. Gates já doou mais de US$ 35 bilhões.
Mesmo assim, o bilionário acredita que os altos ganhos que vem tendo não se estenderão por muito mais tempo. “Há razões para pensar que o retorno absoluto para a próxima década será menor do que nas últimas décadas”, diz.
Além disso, o crescimento bilionário de Gates pode começar a diminuir se os Estados Unidos decidirem taxar as grandes fortunas do país. A pauta está em discussão e inclusive é apoiada por Gates. No entanto, o bilionário não acredita que se concretizará. “Duvido que os EUA criem um imposto sobre a riqueza, mas eu não seria contra”, afirma.
Outra mudança defendida por Gates é mais transparência no sistema financeiro. “Não gosto que você possa ter fundos nos quais ninguém sabe quem é o dono”, diz.