‘Invasão hacker’, ‘não é obrigatório seguir a OMS’: as frases de Mayra na CPI

Secretária de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde depôs à CPI da Pandemia nesta terça-feira (25)

-- Publicidade --

-- Publicidade --

A secretária de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde Mayra Pinheiro depôs na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia nesta terça-feira (25). Conhecida como “Capitã Cloroquina” por sua defesa do “tratamento precoce”, com uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19, Mayra defendeu à CPI o uso de remédios como a hidroxicloroquina e a ivermectina tão logo surjam os sintomas da doença que já matou 450 mil pessoas no Brasil.

Funcionária do Ministério da Saúde, Mayra afirmou que há, sim, ação antiviral no uso da hidroxicloroquina, mas foi rebatida pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), que argumentou que o remédio é, na verdade, um antiparasitário.

Mayra, que é médica pediatra, também criticou a Organização Mundial da Saúde (OMS) e sustentou que o Brasil não é obrigado a seguir as diretrizes da instituição, que em julho de 2020 interrompeu testes com hidroxicloroquina contra a Covid-19.

Sobre o TrateCOV, aplicativo desenvolvido pelo Ministério da Saúde e que facilitava a prescrição de medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença causada pelo novo coronavírus, a secretária afirmou que o instrumento que foi ao ar era, na verdade, um protótipo, e acusou um jornalista de ter extraído de forma indevida os dados do aplicativo.

Abaixo, algumas das principais frases ditas por Mayra Pinheiro à CPI da Pandemia:

“Brasil não é obrigado a seguir [as orientações da OMS].”

“Esses medicamentos [hidroxicloroquina] não curam a Covid, ninguém disse isso. Mas ajudam a reduzir internações.”

“Essa ferramenta [aplicativo TrateCov] poderia ter ajudado a salvar muitas vidas em auxílio aos testes diagnósticos. Poderia ter ajudado a secretaria estadual e municipal de Manaus. Tudo isso foi perdido por essa invasão [hacker].”

“Tivemos uma comunicação da secretaria estadual que transferiu ao ministro [Pazuello] um e-mail da White Martins dando conta de que haveria um problema de abastecimento – segundo eles, mencionado como um problema na rede.”

“No contexto da quantidade de óbitos, como médica, é inadmissível que não tenhamos a adoção de todas as medidas (…) Não tínhamos políticas de planejamento estratégico para enfrentamento da doença, não tinha testes para isolar doentes.”

“Temos 99 protocolos de diretrizes clínicas e 73 deles tem medicamentos off label. Se não fosse isso, nós pararíamos o SUS. Se retirarmos esses protocolos vamos deixar de ter 73 documentos que são disponibilizados para médicos.”

“Sou a favor das vacinas, é essa a minha luta.”

“A política de você induzir imunidade através do efeito rebanho é extremamente perigosa. Para grandes populações, você não sabe quantas pessoas vão precisar ser submetidas a esse tipo de teoria e ela pode induzir milhares de óbitos. Então, eu não concordo com isso de forma generalizada.”

“Não tem como obrigar as pessoas a se submeterem ao treinamento, somos um país livre e democrático.”

Banner825x120 Rodapé Matérias
Fonte cnnbrasil
você pode gostar também