Oi e Highline mostram interesse em atuar com 5G no Brasil
Oi utilizaria 5G com frequências mmWave para banda larga fixa; Highline quer fornecer rede para pequenos provedores
O leilão do 5G deve acontecer em 2021, e o edital da Anatel dá espaço para que novas operadoras participem da disputa por espectro. A Oi, que vendeu sua operação móvel para Claro, TIM e Vivo demonstrou interesse em arrematar licenças da quinta geração para usar com banda larga fixa residencial, e a Highline quer construir uma rede para atender pequenos provedores regionais.
Oi quer 5G mmWave para banda larga fixa
A intenção da Oi sobre o 5G foi dita pelo presidente da companhia, Rodrigo Abreu, em conferência com investidores. De acordo com o Telesíntese, o executivo afirmou que o único interesse do grupo é na aquisição do espectro em ondas milimétricas (26 GHz).
Abreu detalhou que o 5G seria utilizado pela Oi e InfraCo para ampliar a rede de transporte (backhaul) ou ampliar a oferta de banda larga residencial em modelo FWA (acesso fixo sem-fio). Em 2019, a operadora já havia revelado a intenção de usar a quinta geração para complementar o alcance da internet fixa por fibra óptica.
A escolha das ondas milimétricas faz sentido para a Oi, uma vez que o edital da Anatel limita o uso de licenças de internet fixa (Serviço de Comunicação Multimídia) apenas para a faixa de 26 GHz. Nas demais frequências, somente será permitida a utilização para telefonia celular (Serviço Móvel Pessoal).
A vantagem do 5G em mmWave é que as velocidades de download e upload são altíssimas, o que permitiria a Oi oferecer planos similares aos da fibra óptica. Por outro ladro, a frequência elevada exige maior número de antenas, o que pode exigir alto investimento.
Atualmente, a Oi possui uma rede 5G operacional em Brasília. Ao contrário das concorrentes Claro, TIM e Vivo, a empresa não apostou na solução de compartilhamento dinâmico de espectro e designou capacidade exclusiva para a quinta geração. O serviço é oferecido na frequência de 2.100 MHz, e pode ser utilizado por usuários de planos móveis que possuam smartphone compatível com a tecnologia.
Highline também quer comprar frequências para 5G
Outra empresa interessada no leilão da Anatel é a Highline, que atua como provedor de infraestrutura para operadoras de telecomunicações. Trata-se da mesma companhia que tentou comprar a Oi no lugar da Claro, TIM e Vivo.
De acordo com o Teletime, a Highline estuda comprar lotes regionais de frequências e fornecer infraestrutura para provedores de banda larga de pequeno porte. A rede construída pela empresa seria compartilhada, o que pode otimizar os investimentos.
Além de tentar comprar a Oi Móvel em 2020, a Highline também apresentou oferta para ser sócia da InfraCo da Oi. No entanto, a operadora aceitou uma proposta vinculante do BTG Pactual e Globenet que deve movimentar R$ 12,9 bilhões.