Arthur Lira cobra correção de rumos na pandemia: ‘Tudo tem limite’
O presidente da Câmara afirmou que crise pode resultar em 'remédios políticos amargos' a serem usados pelo Congresso, alguns deles fatais
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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) subiu o tom contra o governo em discurso na Câmara nesta quarta-feira 23, após reunião sobre comitê de gestão do combate à Covid-19.
“Estou apertando hoje um sinal amarelo para quem quiser enxergar”, disse se referindo ao caos na saúde gerado pela pandemia do coronavírus. Ainda de acordo com o presidente, sem correção de rotas, a crise pode resultar em ‘remédios políticos amargos’ a serem usados pelo Congresso, alguns deles fatais.
Lira ainda propôs um esforço concentrado na pandemia por duas semanas, o que significaria atrasar a tramitação de outros projetos para dar prioridade aos que pautem o enfrentamento do coronavírus no País.
O presidente da Câmara, aliado de Bolsonaro, fez menção a ameaça indireta de CPIs e de impeachment contra o presidente da República.
“E CPIs ou lockdowns parlamentares, medidas com níveis decrescentes de danos políticos, devem ser evitados. Mas isto não depende apenas desta Casa. Depende também, e sobretudo, daqueles que fora daqui precisam ter a sensibilidade de que o momento é grave, a solidariedade é grande, mas tudo tem limite”.
O discurso de Lira aconteceu durante sessão para votar projeto que permite dedução de Imposto de Renda a pessoas físicas e empresas que contratarem leitos privados para que o SUS use no enfrentamento à pandemia.