OMS: quadro do sistema de saúde brasileiro é preocupante e requer ação coordenada
O diretor executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, mostrou preocupação quanto à “forte pressão” sobre o sistema de saúde do Brasil, em meio ao pior momento da pandemia de coronavírus no País. Segundo ele, para que o Brasil consiga reverter esta situação, é necessário que o Ministério da Saúde, sob o comando do futuro ministro Marcelo Queiroga, articule o combate à crise com os governos estaduais.
Vice-diretora da Organização, Mariângela Simão concordou com o argumento de Ryan, citando o atual perfil “mais homogêneo” da crise sanitária no Brasil, com todas as regiões do País registrando alta no número de casos, mortes e hospitalizações por covid-19.
Ainda que a ritmo menor em comparação com o Brasil, a Europa também enfrenta uma nova onda de infecções. Segundo a diretora técnica da resposta da OMS à pandemia, Maria Van Kerkhove, o continente registrou alta de 12% nos casos de coronavírus na última semana, em grande parte por conta da variante B.117, identificada pela primeira vez no Reino Unido e que apresenta maior potencial infeccioso.
Van Kerkhove apontou para a pressão pela reabertura da economia em alguns países e a distribuição desigual de vacinas contra a covid-19 como fatores que explicam a alta nos casos. Ryan também destacou que a maioria dos países europeus não está rastreando o suficiente possíveis focos de contágio, o que dificulta a contenção do vírus.