Fiocruz entrega primeiro lote de vacinas contra a COVID-19 feitas na instituição
Nesta quarta-feira (17) a Fiocruz anunciou por meio de sua conta oficial do Twitter a entrega do primeiro lote de vacinas contra a COVID-19 fabricado pela própria instituição. Ao todo, foram liberadas 500 mil doses do imunizante. A expectativa é que até a próxima sexta-feira (19) sejam entregues ao Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde mais 580 mil doses.
Na publicação, a Fiocruz anunciou que começou o escalonamento gradual de sua produção da vacina contra a COVID-19, e acrescentou que a ideia é que até o final de março produza 1 milhão de doses por dia. Segundo a institutição, ainda em março serão entregues mais duas milhões de vacinas produzidas na Fiocruz. A Fundação já havia liberado para o Ministério da Saúde quatro milhões de doses que foram importadas prontas da Índia.
Em meio à entrega de 500 mil doses do primeiro lote de vacinas produzidas pela Fiocruz em território nacional com insumos importados, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, garantiu a imunização da metade da população brasileira até julho, e a outra metade até o fim de 2021. “Vamos controlar essa pandemia ainda no segundo semestre. Essa é a nossa missão e, para isso, precisamos das vacinas”, anunciou o ministro.
De acordo com Pazuello, o lote inicial ainda é pequeno, se considerado o tamanho do projeto desenvolvido pelo Ministério da Saúde em parceira com a Fiocruz. “Estávamos apenas com uma produção nacional, no Butantan, e estamos iniciando hoje na Fiocruz para que chegue até o final de março com 3,8 milhões de doses e, a partir de 1º de abril, uma produção diária de até 1 milhão de doses”, completou. A cerimônia de entrega das doses em questão teve ainda a presença do cardiologista Marcelo Queiroga, destinado a assumir a pasta nos próximos dias no lugar de Pazuello.
Vacinas produzidas pela Fiocruz
Em 6 de fevereiro, a Fiocruz recebeu o primeiro carregamento do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), desenvolvido em Xangai, para iniciar a produção nacional das doses do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford e pela biofarmacêutica AstraZeneca. Trata-se de uma vacina que utiliza um vírus inativado, o adenovírus, como vetor de parte do material genético do SARS-CoV-2, que produz a proteína que gera a resposta imune. O Canaltech inclusive já tirou as dúvidas sobre o imunizante com um infectologista.
Fonte: Fiocruz (Twitter)