“Não temos tempo para alguém aprender a ser ministro”, diz vice-presidente da Câmara

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O vice-presidente a Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), cobra ações imediatas do novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. “O Congresso recebe também com pouca paciência, nós não temos tempo para alguém aprender a ser ministro”, afirmou ele em entrevista à BandNews TV.

Ramos, que faz parte do Centrão, grupo da base do governo, diz que ele pessoalmente não indicou nomes para a Pasta e que o parlamento não fez parte da indicação de Queiroga. “Não houve participação do Congresso no nome escolhido pelo presidente Bolsonaro. O Congresso recebe primeiro com o desejo de boa sorte e com espírito colaborativo, na certeza de que se as coisas derem errado o custo será a morte de mais alguns milhares de brasileiros”, disse ele.

A indicação de Lira foi frustrada e Bolsonaro acabou escolhendo o também cardiologista Marcelo Queiroga, que tinha proximidade com a família, em especial com seu filho Flávio.

Ramos acredita que uma mudança drástica precisa ser colocada em prática no Ministério da Saúde: “O que foi feito até aqui custou um atraso no processo de vacinação, custou um discurso que contraria a Organização Mundial de Saúde e, se não é responsável pelas mortes, porque não seria justo responsabilizar por quase 300 mil brasileiros e brasileiras mortos, mas é responsável por um atraso no processo de imunização e um atraso no processo de atendimento das condições básicas de estados e municípios”.

O vice-presidente da Câmara vai além e pede ações concretas já na posse: “O único remédio para a pandemia e para a economia é a vacina. Portanto, o ministro precisa já no seu discurso de posse estabelecer um calendário e cumprir o calendário, já que a tradição do ministro anterior era estabelecer calendários e metas e depois não executar nos prazos e nas quantidades acordadas”.

Queiroga, entretanto, não aponta para o prosseguimento das ações de Pazuello. Em sua chegada ao Ministério, ele diz que o general já sinalizou para as datas de vacinação e demonstrou que será fiel ao presidente: “A política é do governo Bolsonaro, não é do ministro da Saúde”.

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Fonte band
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