“Não adianta mudar ministro se atitudes forem as mesmas”, diz Mandetta
Ex-ministro avalia a crise Fala em “sucessão de erros” Diz que Exército sai fragilizado Falou antes da escolha de Queiroga
O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), disse que o agora ex-ministro Eduardo Pazuello deixa o cargo e vai para o quadro de ex-ministro da Saúde como o único ocupante do cargo que “não foi ministro, não exerceu a função”. Mandetta argumenta que “não é porque ele não era do ramo”, e sim por não ter pego o espírito da pasta e usado sua força ao lado da ciência.
Mandetta fala que tem muito mais receio sobre o estrago à imagem do Exército, do que ao próprio ministro da Saúde. “Exército sai muito arranhado dessa episódio”, avalia .
O ex-ocupante da Saúde diz que mudar o ministro da Saúde não resolve se o governo não mudar de atitude. “Ao assumir, o ministro Pazuello retirou quase toda a equipe técnica que estava no ministério e nomeou militares”. Para ele, é preciso avaliar os próximos capítulos para saber se o novo ministro terá autonomia para trocar cargos do ministério e colocar pessoas técnicas ou se não haverá essa opção.
Mandetta concedeu entrevista ao Poder360 horas antes do anúncio do médico Marcelo Queiroga para o comando da saúde. Ele elencou uma sucessão de erros que teriam sido cometidos pelo governo e pelo ministério da Saúde na condução da pandemia. O ex-ministro fala que em nenhum momento ao longo dos últimos meses, o governo fez uma campanha de nacional de conscientização sobre a gravidade da doença. “Passou mudo. Isso é um erro muito grande”, afirma.
Mandetta diz que a única forma do país reverter essa situação é o presidente da República mudar de atitude. “É preciso que o presidente concorde com principios de enfrentamento da Saúde para esta doença”, declara.
Além de falar do enfrentamento da pandemia e troca do ministério da Saúde, Mandetta falou sobre vacinação, colapso no sistema de saúde. Além disso, o ex-ministro falou também sobre a saída de Rodrigo Maia do DEM, a busca por uma 3ª via para as eleições de 2022 e o ex-presidente Lula.
Assista a entrevista completa aqui (30min28seg):