Google é processado em US$ 5 bilhões por rastreio em modo anônimo do Chrome
A Alphabet, empresa-mãe do Google, vai enfrentar mais um processo nos Estados Unidos por conta do modo anônimo do Chrome. Um usuário moveu uma ação conjunta contra a empresa na Justiça da Califórnia alegando que a navegação anônima não garante que seus dados deixem de ser rastreados.
A acusação disse que a empresa não informa que ferramentas usadas por companhias de publicidade e sites para rastreamento continuam funcionando, mesmo quando a pessoa está navegando em modo anônimo.
A empresa tentou reverter o processo, entrando com um recurso para invalidar a acusação. Contudo, a juíza de San Jose, na Califórnia, negou o pedido na última sexta-feira (12). “A corte conclui que o Google não notifica seus usuários que mantém a referida coleta de dados enquanto o usuário está no modo privado de navegação”, escreveu na sentença.
Em defesa, a companhia disse que nunca prometeu que o modo fosse 100% sem rastreamento. “A navegação anônima no Chrome oferece a opção de navegar na internet sem que sua atividade seja salva no navegador ou dispositivo. Como deixamos claro, cada vez que você abre uma nova a aba anônima, os sites ainda podem coletar informações sobre sua atividade de navegação durante aquela sessão”, aponta comunicado da empresa.
Esta não é a primeira vez que a empresa sofre um processo pelo mesmo motivo. Em junho do ano passado, outro usuário moveu uma ação coletiva contra a Alphabet usando o modo anônimo como argumento. “O Google sabe quem seus amigos são, quais são seus hobbies, o que você gosta de comer, a quais filmes você assiste, quando e como você gosta de comprar, quais seus destinos preferidos para as férias”, diz a acusação.
A Alphabet, na época, disse que “deixa claro que ‘anônimo’ não significa ‘invisível’ e que a atividade do usuário durante a sessão pode ser acessada pelo site visitado, assim como por todas as ferramentas de dados e publicidade que o site utiliza”.
Este novo processo, de 2021, pede que a Alphabet seja multada em US$ 5 bilhões, o que representaria US$ 5 mil por usuário do Chrome.