Saúde estima até 592 milhões de doses de vacina contra Covid-19; veja cronograma
Total contempla doses já asseguradas, novas compras das vacinas já contratadas e negociação com outros quatro imunizantes contra a doença do novo coronavírus
Com o avanço das tratativas para a compra das vacinas da Janssen e da Pfizer, o Ministério da Saúde estima que o Brasil possa ter até 592,9 milhões de doses de imunizantes contra a Covid-19. A estimativa é a longo prazo, até janeiro de 2022, e contempla compras ainda não concluídas e as negociações em andamento.
O total é uma soma de lotes em três estágios diferentes:
- Doses acertadas de vacinas já contratadas = 274,9 milhões
- ‘Compra futura’ de vacinas já contratadas = 140 milhões
- Vacinas ‘em tratativas’ = 178 milhões
Quando as vacinas chegam ao Brasil
O Brasil estima que deve receber neste mês de março o total de 38 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19. A principal fonte é a produção local, no Instituto Butantan, da vacina Coronavac, de onde viriam 23,3 milhões de doses.
Outras 5,7 milhões de doses da vacina de Oxford e da AstraZeneca devem estar disponíveis. São 3,8 milhões de doses produzidas localmente pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e outras 2,9 milhões a serem enviadas pelo Covax Facility, o consórcio da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O Ministério da Saúde ainda aguarda para março as primeiras 8 milhões de doses da Covaxin, vacina do laboratório indiano Bharat Biotech. Apesar de já estar acertada a venda para o Brasil, a Covaxin ainda não foi autorizada para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pré-requisito para que seja distribuída e aplicada no país.
O governo projeta que a maior parte das doses contratadas seja disponibilizada entre abril (55,7 milhões) e maio (44 milhões). A expectativa é de uma expansão expressiva da produção local da vacina de Oxford e da AstraZeneca, na Fiocruz.
Um outro pico pode ser registrado entre outubro e dezembro deste ano, caso o governo conclua as “compras futuras” estimadas, de mais 110 milhões de doses da vacina de Oxford e 30 milhões de doses da Coronavac, que seriam adquiridas também em produção local.
Negociações
As vacinas da Pfizer e da Janssen podem não ser as únicas a serem incluídas no programa brasileiro de vacinação nos próximos meses. Em seu cronograma, o Ministério da Saúde lista 10 milhões de doses da vacina russa Sputnik V e 30 milhões da Promega, vacina da farmacêutica americana Moderna.
Caso os dois imunizantes sejam também contratados, se juntariam às 100 milhões de doses previstas para Pfizer/BioNTech e 38 milhões de doses da vacina da Janssen, empresa belga que é o braço farmacêutico do grupo Johnson & Johnson.