Governador de Nova York é acusado de assédio por 2 ex-assessoras

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WASHINGTON, 1 MAR (ANSA) – O governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, foi acusado de assédio sexual por uma segunda ex-assessora neste domingo (28) e a procuradora-geral estadual, Letitia James, informou que deve abrir uma investigação formal e independente contra o democrata – sem a indicação de investigadores pelo político.

Segundo as acusações de Charlotte Bennett, 25 anos, publicadas no jornal “The New York Times”, o governador de 63 anos falou para ela por diversas vezes que estava “aberto” a ter relações sexuais com mulheres mais jovens e ficava fazendo perguntas sobre como era sua vida sexual.

Em uma nota, Cuomo reconheceu que fez comentários que “podem ter sido insensíveis ou muito pessoais” e que eles foram “mal interpretados” não sendo uma “tentativa de sedução” das mulheres que trabalharam com ele.

“Eu entendo agora que a minha maneira de agir e que meus comentários podem ter sido insensíveis e muito pessoais. Eu sinto muito”, disse ainda o governador, negando, no entanto, as acusações de Bennett.

As acusações contra Cuomo foram consideradas graves por diversos democratas muito influentes, como a líder da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, que classificou as denúncias de “muito críveis”.

“As mulheres que fizeram as acusações sérias e críveis contra o governador Cuomo merecem ser ouvidas e tratadas com dignidade”, acrescentou Pelosi, defendendo uma investigação independente.

Quem também adotou a mesma linha foi a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, que afirmou que as denúncias devem passar “por uma revisão séria” e que foi “muito difícil ler” as afirmações de Bennett ao jornal.

Além de enfrentar as denúncias por assédio sexual, o democrata também está no meio de outra polêmica, dessa vez, sobre a pandemia de Covid-19.

De acordo com as denúncias, que já são alvo de investigação, o governador determinou uma alteração no registro das mortes pela doença em asilos para que só fossem contadas aquelas que, de fato, ocorreram na clínica e não dos idosos que foram levados para os centros médicos. Cerca de oito mil dos 15 mil óbitos nos asilos teriam sido camuflados. (ANSA).

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