Vacinas produzidas na Índia devem chegar nesta sexta ao Brasil
BRASÍLIA — As 2 milhões de doses da vacina da Oxford/AstraZeneca produzidas na Índia serão enviadas ao Brasil em um avião da Emirates, e não na aeronave da Azul adesivada há uma semana pelo Ministério da Saúde. A expectativa no governo Jair Bolsonaro é que o material chegue nesta sexta-feira, no final da tarde no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e no início da noite ao Rio de Janeiro.
Nesta quinta, o governo indiano liberou as exportações comerciais de vacinas contra Covid-19, com as primeiras remessas sendo enviadas para o Brasil e Marrocos na sexta. A informação foi dada pelo chanceler indiano, Harsh Vardhan Shringla, à agência Reuters.
O avião brasileiro com a marca “Brasil imunizado” deveria ter embarcado rumo ao país asiático na última quinta-feira, mas ficou no país diante de obstáculos para a exportação por parte das autoridades indianas. Com o fracasso da viagem, foi deslocado para levar cilindros de oxigênio a Manaus, no fim de semana.
A publicidade dada pelo governo brasileiro à chegada da vacina foi apontada como um dos motivos para a Índia adiar a exportação dos imunizantes. Com o atraso, diplomatas seguiram as negociações mas adotaram a discrição para evitar novo revés.
As vacinas desenvolvidas pela farmacêutica britânica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford estão sendo fabricadas no Instituto Serum, na Índia, o maior produtor mundial de vacinas, que recebeu pedidos de países de todo o mundo.
O Brasil comprou as 2 milhões de doses do Serum e esperava recebê-las até a semana passada. No último dia 8, o presidente Jair Bolsonaro enviou uma carta ao primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, pedindo a antecipação do envio das vacinas, mas o pleito não foi atendido.