Governo zera imposto de importação de pneus para caminhões
Faz aceno a caminhoneiros Valor da alíquota atual é de 16% Greve está marcada para 1º.fev
O Ministério da Economia zerou nesta 4ª feira (20.jan.2021) o Imposto de Importação de pneus para veículos de carga. A medida foi aprovada pela Camex (Câmara de Comércio Exterior), em reunião do Comitê Executivo de Gestão. O objetivo é reduzir os custos operacionais do transporte rodoviário de cargas no país. A alíquota atual é de 16%.
Segundo o governo, “a medida atende a uma solicitação do Ministério da Infraestrutura”, pela participação do Transportador Rodoviário de Cargas (TRC) na matriz de transportes do país e as dificuldades do setor decorrentes da pandemia de coronavírus.
ACENO A CAMINHONEIROS
A medida é tomada depois uma mobilização anunciada por caminhoneiros contra os preços dos combustíveis e o descumprimento da tabela de frete, para o dia 1º de fevereiro. O presidente Jair Bolsonaro afirmou no dia 14 de janeiro que iria acabar com o imposto.
“A tarifa de importação de pneus, que interessa aos caminhoneiros, está em torno de 16%“, afirmou o presidente, dizendo que traria a medida nesta semana (18-22.jan). “Conversei com o Paulo Guedes, vamos zerar. Na semana que vem deve estar zerada a tarifa de importação de pneus para caminhoneiros”.
Roberto Stringasi, da ANTB (Associação Nacional do Transporte Autônomos do Brasil), afirmou que o ato marcado para 1º de fevereiro será maior que a greve de 2018.
Segundo o presidente do CNTRC, Plínio Dias, a paralisação vem sendo discutida desde dezembro.
Há pressões de todos os lados, com reclamações sobre a relação da categoria com o Ministério da Infraestrutura. Eis a íntegra das reivindicações.
Para alguns segmentos, o grupo está na “UTI” e a insatisfação com o governo Bolsonaro vem crescendo a cada semana. A crise econômica decorrente da pandemia, que fez governadores restringirem o acesso aos Estados, piorou tudo.
Uma das queixas é a aprovação da BR do Mar, que estabelece a cabotagem no ramo de transportes e, da forma como está, pode impulsionar a migração dos caminhoneiros de longa distância para a curta, o que deve saturar ainda mais o mercado.