Enem: Frente Parlamentar da Educação exige transparência sobre prejuízo a estudantes
O FPME observa que a realização das provas sem as medidas necessárias e controle constante dos protocolos de segurança, podem acarretar em uma série de novos casos em todo o país
Em nota oficial, a Frente Parlamentar Mista da Educação (FPME), que é presidida pela deputada federal Professora Dorinha (DEM-TO), exigiu a transparência sobre o prejuízo aos estudantes em aplicação da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado neste domingo, 17, em todo país.
No documento, a FPME ressaltou que com o fim da realização do primeiro dia de provas “o triste (e previsível) cenário se impôs” e acompanharam notícias de “candidatos sendo barrados momentos antes do início das provas, filas enormes, falta de logística, além do não cumprimento dos protocolos de segurança que deveriam ter sido tomados diante da pandemia do Coronavírus”, diz um trecho da nota.
Observam que diversas instituições e organismos ligados à Educação vinham avisando ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e ao Ministério da Educação (MEC) sobre o risco de se manter o calendário do exame mesmo diante do crescimento do número de casos de Covid-19 em diversas regiões do país, levando sistemas de saúde ao colapso.
Destacam que agora precisam acompanhar e mapear todos os alunos que não conseguiram fazer suas provas, principalmente aqueles de baixa renda e com acesso mais dificultado à educação. “É necessária uma resposta rápida quanto à reaplicação da prova dos alunos que foram impedidos, explicando detalhadamente os critérios para reaplicação. Outro fator muito relevante é a análise dos dados de abstenção neste ano, comparando-o com os das edições anteriores para se entender o real impacto da manutenção do calendário da prova em um momento tão delicado do ponto de vista da saúde pública”, pontua a Frente.
A Frente Parlamentar da Educação finalizou dizendo que o Enem é uma ferramenta séria e a mais importante para o acesso ao Ensino Superior no Brasil. Que precisa ser tratado com respeito, seriedade e, principalmente, cuidado com todas as vidas que estão envolvidas em sua realização.
“A realização das provas sem as medidas necessárias de distanciamento social, higienização e controle constante dos protocolos de segurança podem acarretar em uma série de novos casos em todo o país. Mais uma conta que será paga pela falta organização e responsabilidade de quem mais devia cuidar do nosso país, das pessoas e de seus futuros”, encerraram.
Confira aqui a nota na íntegra.