PGR diz que precisa de fatos e provas para investigar falas de Bolsonaro
O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que seriam necessários “fatos e provas” para a abertura de investigação em torno das acusações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que houve fraude na eleição de 2018.
Em resposta a uma pergunta da CNN sobre eventual apuração, Aras, por meio de sua assessoria, disse que se “tais elementos” forem levados à PGR, “serão analisados, bem como representações de parlamentares”.
Nesta quinta, senadores e deputados do PT entraram com pedidos de investigação na PGR e no Tribunal Superior Eleitoral.
No documento encaminhado ao TSE, os petistas dizem que, caso verificada a improcedência das acusações, o tribunal deveria avaliar a responsabildade penal do presidente, por “improbidade administrativa e civil”.
Um procurador da República ouvido pela CNN disse que os elementos citados por Bolsonaro não permitem a abertura de uma investigação, mas nada impediria que o presidente fosse interpelado pela PGR.
Para o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, o presidente Jair Bolsonaro deveria ser chamado para esclarecer suas declarações, “até para pacificar o tema”.
Segundo ele, isso impediria que o presidente culpe fraude por eventual derrota na eleição de 2022. “É o seguro que ele está contratando, vai dizer que denunciou quando venceu e quando perdeu”, concluiu.