Fux e Conass lamentam marca de 200 mil mortes por covid
Presidente do STF afirma que a Corte continuará atuando para minimizar os efeitos da pandemia; e conselho cobra garantia para vacinação
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luiz Fux, divulgou nota nesta quinta-feira (7) lamentando o número de 200 mil mortes pela covid-19 no Brasil em 11 meses. Fux se solidarizou, em nome do Poder Judiciário, com as família e amgos das vítimas.
“O Supremo Tribunal Federal e o Conselho Nacional de Justiça continuarão, como vêm fazendo desde o início da pandemia, atuando para ajudar a sociedade brasileira a mitigar danos e impactos desta tragédia humanitária”, afirmou o presidente no texto.
O Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) também se manifestou pelo número de vítimas da covid-19 que o país atingiu nesta quinta-feira. “São 200 mil famílias que sofrem pela falta de seus entes queridos, um número incontável de pessoas que estão em luto por amigos e colegas.”
O texto, assinado pelo presidente do conselho, Carlos Lula, lembra que entre as vítimas estão também profissionais de saúde “que desde o início da pandemia não pouparam esforços para atender pacientes contaminados pelo novo coronavírus”.
A importância do SUS e os desafios que o país tem enfrentado ao longo da pandemia são destacados. O conselho cobra também providências do governo federal para aquisição de insumos essenciais ao sucesso da imunização, com seringas e agulhas.
Veja a íntegra da nota do presidente do STF, Luiz Fux:
“Manifesto profundo pesar pelas mais de 200 mil mortes registradas no Brasil até esta quinta-feira (7) em razão da Covid-19.
Em nome do Poder Judiciário brasileiro, me solidarizo com as famílias e amigos das vítimas desta pandemia que assola o país e o mundo.
O Supremo Tribunal Federal e o Conselho Nacional de Justiça continuarão, como vêm fazendo desde o início da pandemia, atuando para ajudar a sociedade brasileira a mitigar danos e impactos desta tragédia humanitária.”
Veja a íntegra da nota do Conass:
“Hoje o país atinge uma triste marca. Passados 11 meses da confirmação do primeiro caso de Covid19, o Brasil registra 200 mil mortes pela doença. São 200 mil famílias que sofrem pela falta de seus entes queridos, um número incontável de pessoas que estão em luto por amigos e colegas. Entre as vítimas, estão também profissionais de saúde que desde o início da pandemia não pouparam esforços para atender pacientes contaminados pelo novo coronavírus.
No início da pandemia, havia falta de informação sobre esse novo agente infeccioso, os
equipamentos de proteção individual eram escassos e as dificuldades para atendimento eram
expressivas. Desde os primeiros casos registrados no País, muita coisa mudou. O conhecimento
sobre a doença aumentou, o número de leitos para atendimento foi ampliado.
O SUS mostrou o quanto é importante para sua população. Depois das dificuldades iniciais em
virtude da grande demanda no cenário internacional, conseguiu prover centros de atendimento e capacitar profissionais para uma nova forma de atuação.
Os desafios, no entanto, ainda são inúmeros. Em vários pontos do país, serviços voltam a
apresentar dificuldades para dar atendimento ao crescente número de infectados. Um fenômeno
que deixa clara a necessidade de manter todos os cuidados para prevenção, como uso de
máscaras, higienização das mãos e distanciamento social.
Nesta quinta, o Brasil recebe a notícia de estudos que apontam alto poder de proteção da vacina
produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa chinesa Sinovac. Estamos às
vésperas de uma iniciativa para vacinar grupos mais vulneráveis à doença. Há, no entanto, muito
trabalho pela frente. Precisamos estar atentos a todas as providências para aquisição de insumos
essenciais ao sucesso da iniciativa, com seringas e agulhas. Neste momento, há um estoque
suficiente para atender as demandas da primeira fase da iniciativa. É essencial, porém, que uma
compra nacional, pelo Ministério da Saúde, seja realizada em quantidades que garantam a
vacinação contra covid-19 e a reposição de estoques que necessitaram ser remanejados.
A melhor forma de honrar as pessoas que perderam a vida em virtude da doença é trabalhar de
forma incansável, com dedicação e competência para reduzir a tendência de aumento de casos,
garantir o mais rapidamente possível a imunização de toda a população. Cuidar da vida em todas as suas dimensões será a melhor resposta.”