Elon Musk é (agora não é mais) o homem mais rico do mundo
Por algumas horas desta quinta-feira (7), Elon Musk foi o homem mais rico do mundo, ultrapassando Jeff Bezos, da Amazon. Isso ocorreu graças à valorização de 5% das ações da Tesla – em que ele é cofundador e CEO – o que elevou a sua fortuna para a casa dos US$ 184 bilhões. Contudo, a alegria do excêntrico executivo durou pouco.
No entanto, a chegada de Musk ao seleto topo é notória. Isso graças a valorização meteórica das ações da Tesla – cujo valor de mercado atual gira na casa dos US$ 751,8 bilhões. Apenas em 2020, os papeis da montadora valorizaram 740%. Musk tem 20% das ações da companhia e 75% da sua fortuna estão associadas às ações da empresa. Para efeito de comparação, Bezos tem 11% de participação acionária na Amazon.
2020 foi bom para a Tesla. Mas e o futuro?
Se houve uma empresa que teve do que reclamar de 2020, essa foi a Tesla – e mesmo com a pandemia. Com a forte valorização de suas ações no período, ela entrou grupo S&P 500, o que puxou ainda mais o valor de seus papeis para cima. Além disso, a empresa conseguiu resolver boa parte de seus problemas logísticos e de fabricação e quase atingiu a meta prometida de 500 mil carros entregues no ano – faltaram apenas 450 para que o objetivo fosse alcançado.
Isso porque, ainda na manhã de hoje, as ações da Amazon também se valorizaram – cerca de 2% – fazendo com que Bezos retomasse o posto de mais rico do planeta, com os mesmos US$ 184 bilhões atingidos por Musk – que agora tem “apenas” US$ 181 bilhões.
A lista da Bloomberg é bastante volátil e pode mudar de líder diariamente. Isso porque boa parte da fortuna dos mais ricos é atrelada ao valor das ações das empresas que eles comandam e, claro, têm participação acionária. Logo, quando os papeis caem e as companhias se desvalorizam, o mesmo acontece com suas fortunas. E quando sobem, o inverso ocorre.
Diversos analistas do mercado já haviam afirmado que a Tesla teria dificuldades em bater a meta em questão neste cenário de pandemia de COVID-19, quando houve queda na venda de automóveis. Com um cenário de desemprego adiante, os consumidores reduziram seus gastos no ano passado. Com isso, as vendas da montadora caíram 15% no primeiro semestre de 2020, em relação ao mesmo período de 2019.
No entanto, 2021 será mais desafiador para a Tesla. Isso porque os incentivos regulatórios para carros que não agridem o meio ambiente devem diminuir, já que outras montadoras devem lançar diversos modelos de automóveis elétricos e se beneficiar desses créditos. Aliás, esse incentivo foi o principal responsável pelos últimos lucros trimestrais da Tesla. Sem eles, a montadora de Musk teria prejuízo.
Logo, o executivo precisa pensar em novas formas de atrair receitas adicionais para a Tesla, para além de seus carros.