Se Lira for eleito na Câmara prioridade será PEC Emergencial, diz vice
Marcelo Ramos também cita reformas Falou de tributária e administrativa
O deputado Marcelo Ramos (PL-AM) afirmou na tarde desta 5ª feira (7.jan.2021), por meio de sua conta no Twitter, que se Arthur Lira (PP-AL) vencer a eleição para presidente da Câmara a prioridade será a votação da PEC (proposta de emenda à Constituição) Emergencial, que possibilita ao governo cortar gastos obrigatórios. Depois, viriam as reformas administrativa e tributária.
Ramos é o escolhido para ser 1º vice-presidente no bloco de Lira. Significa que ele deverá ocupar o cargo se o bloco formado pelo deputado PP em torno de si for o maior da Câmara, e não necessariamente se o pepista ganhar a eleição.
Marcelo Ramos está em viagem com Arthur Lira pelo Norte do país. Eles conversam com governadores e deputados locais para pedir votos. Governadores são visados por candidatos a presidente da Câmara porque têm influência sobre as bancadas estaduais.
Houve acordo no Congresso para que avançasse a PEC Emergencial do Senado, ainda que na Câmara haja uma proposta com conteúdo parecido. Se o acerto sobreviver às trocas de presidentes nas duas Casas, os deputados precisarão esperar deliberação dos senadores para analisar o projeto.
A PEC Emergencial também é apoiada pelo grupo político mais próximo de Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual presidente da Câmara. Ele é o principal fiador da candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP), adversário de Lira na eleição.
Marcelo Ramos também disse que, depois, serão analisadas as reformas administrativa, que deverá reduzir os custos do funcionalismo público, e tributária. A proposta reforma tributária que estava em análise pelos congressistas é de autoria de Baleia Rossi.
A eleição da Câmara será no início de fevereiro. A impressão na Casa é de que, se fosse hoje, Arthur Lira venceria. Ele está em campanha há meses enquanto Rossi se tornou candidato apenas no final de dezembro.
Para ser eleito serão necessários 257 votos, se todos os 513 deputados votarem. Quem vencer a disputa ficará no cargo por 2 anos. O Senado também trocará de presidente. Quem está no cargo atualmente é Davi Alcolumbre (DEM-AP).