São Paulo aprova orçamento para 2021 com aumento nas receitas apesar da pandemia
O Governador de São Paulo, João Doria, promulgou nesta quarta-feira (30) o orçamento do estado para 2021. O texto, que discrimina as receitas e despesas anuais, foi aprovado pela Assembléia Legislativa antes da promulgação do governador. O valor total das receitas para o próximo ano, arrecadadas em 2020, foi de R$ 246.330.596.108,00, valor 3% maior do que o arrecadado para o exercício deste ano.
As receitas que mais cresceram são provenientes de impostos, taxas e contribuições de melhoria, com aumento percentual de 4,7% em relação ao orçamento anterior, com valor de R$ 9 bilhões a mais. Também cresceram as receitas: patrimonial (22,4%), contribuições (1039,4%), industrial (61,6%), de serviços (18,8%), transferências correntes (3,2%), transferências de capital (77,8%), outras receitas de capital (3214,6%) e receitas correntes de entidades da administração indireta
Entre as receitas que apresentaram queda do orçamento deste ano para o de 2021, a que mais caiu foi a alienação de bens, que teve arrecadação de R$ 5,8 bilhões a menos (-84,5%). Também diminuíram as receitas: agropecuária (-15,3%), outras receitas correntes (-18,6%), operações de crédito (-19,6%), amortização de empréstimos (-99,9%), e receitas de capital de entidades da administração indireta (-47,7%).
Despesas
A despesa que mais aumentou para 2021 em relação a 2020 são os gastos com administração geral do estado, que custará R$ 82 bilhões, oito a mais do que em 2020. O valor total gasto com a administração pública supera os valores somados de despesas das secretarias de educação, saúde e segurança pública que, juntas, representam o montante de R$ 81 bilhões. Em 2019, as três pastas possuíam orçamento somado superior ao da administração do estado.
Outras despesas que tiveram aumento destacado para o orçamento de 2021 em relação ao de 2020 foram: Secretaria de Educação (+8,8%); Secretaria de Logística e Transportes (21,4%) e a seguridade social da Secretaria de Segurança Pública (+26,1%).
Entre as que sofreram redução de recursos para o ano seguinte, destacam-se: Secretaria de Segurança Pública (-10,5%); Secretaria de Desenvolvimento Econômico (-6,4%) e a Secretaria dos Transportes Metropolitanos (-10%).