Arrecadação salta 7,3% em novembro com recolhimento de tributos diferidos
Receita com impostos somou R$ 140 bi Melhor marca no mês desde 2016
A arrecadação de impostos e contribuições federais cresceu pelo 4º mês consecutivo em novembro. Somou R$ 140,1 bilhões, com alta expressiva no recolhimento da maioria dos principais tributos. O aumento real, descontada a inflação, foi de 7,3% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Os números estão acima da mediana das projeções dos analistas consultados pelo Poder360. Considerando valores atualizados pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o resultado de novembro foi o melhor para o mês desde 2014, quando a arrecadação foi de R$ 142,3bilhões.
Os dados foram divulgados nesta 2ª feira (21.dez.2020) pela Receita Federal. Eis a íntegra do relatório (729 KB).
A Receita Federal informou que um dos principais fatores que explicam o aumento registrado no mês foi o recolhimento de tributos cujo pagamento acabou postergado por causa da pandemia.
O Fisco também destacou o impacto da melhora de alguns índices macroeconômicos. Na avaliação da Secretaria de Política Econômica, o resultado do mês de novembro aponta, junto a outros indicadores, para uma recuperação do nível de atividade econômica.
Houve arrecadação extraordinária de R$ 1,2 bilhão com o IRPJ (Imposto de Renda sobre Pessoa Jurídica).
Por outro lado, as compensações tributárias, em que as empresas usam créditos de impostos recolhidos a mais no passado, somaram 18,3 bilhões de reais, aumento real de 95,7% na comparação anual.
No acumulado do ano, o volume arrecadado está negativo. Alcançou o valor de R$ 1,38 trilhão, queda real de 7,95%. É o pior resultado para os primeiros 9 meses do ano desde 2009.
No ano, a desoneração de produtos para combater à pandemia somou R$ 832 milhões.
Ao todo, o governo deixou de arrecadar US$ 84,839 bilhões no ano com desonerações até novembro.
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Eis abaixo a apresentação dos dados: