“A Amazônia deve ser protegida”, diz secretário-geral da ONU
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, declarou nesta quinta-feira 22 estar “profundamente preocupado” com os incêndios que devastam áreas importantes da Amazônia.
“Estou profundamente preocupado com os incêndios na floresta amazônica. Em meio à crise climática global, não podemos permitir mais danos a uma fonte importante de oxigênio e biodiversidade”, disse ele no Twitter. “A Amazônia deve ser protegida”, enfatizou Guterres.
I’m deeply concerned by the fires in the Amazon rainforest. In the midst of the global climate crisis, we cannot afford more damage to a major source of oxygen and biodiversity.
The Amazon must be protected.
— António Guterres (@antonioguterres) 22 de agosto de 2019
Imprensa francesa
As imagens dos milhares de focos de incêndio registrados nos últimos dias na Amazônia, e a acusação reiterada pelo presidente Jair Bolsonaro de que o fogo seria provocado pelas ONGs, geram intensa repercussão no exterior. Na França, os canais de TV exibiram ao longo de toda a quinta-feira reportagens sobre o que consideram uma ameaça maior ao planeta.
“No Brasil, os incêndios devastam a Floresta Amazônica” é a manchete do site da rádio e televisão FranceInfo. “O pulmão do planeta tomado pela fumaça”, diz a matéria, acompanhada por um vídeo que mostra a vegetação em chamas.
FranceInfo ressalta que o presidente Jair Bolsonaro acusa as ONGs de terem incendiado a floresta para “chamar atenção” contra seu governo. A emissora também destaca que, devido à seca e ao desmatamento, as queimadas tiveram um aumento de 83% no Brasil.
O canal BFM TV salienta que as chamas atingem os estados do Amazonas, Rondônia e Roraima, no norte, mas também o Mato Grosso, no centro-oeste. “Esses incêndios são principalmente provocados para transformar as áreas de florestas em zonas de plantação ou criação de animais. A prática é proibida neste período do ano e, ainda assim, é muito utilizada”, informou a reportagem.
A dois dias da abertura da cúpula do G7, em Biarrtiz (sudoeste), as ONGs francesas cobram uma reação forte do presidente Emmanuel Macron e dos demais líderes dos países ricos contra as queimadas.