Empresa aérea de baixo custo, Nella pede à Anac para operar voos regionais
Quer operar no 1º semestre de 2021 Nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste
A empresa aérea de baixo custo Nella Linhas Aéreas protocolou pedido na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para iniciar operações regionais no país.
Segundo a Anac, o pedido faz parte da 1ª de uma série de etapas para a obtenção do COA (Certificado de Operador Aéreo), documento que autoriza o início das atividades da companhia. O processo pode durar vários meses, até que a empresa esteja apta a lançar o 1º voo, mas a previsão é de que isso ocorra ainda no 1º semestre de 2021.
A Nella Linhas Aéreas é controlada pela americana Nella Airlines Group Inc, instalada em Delaware, nos Estados Unidos. Tem o capital 100% estrangeiro. A Receita Federal e o Banco Central do Brasil aprovaram na 2ª feira (23.nov.2020) o registro do CNPJ do grupo no Brasil.
Com o lema “Não se trata apenas de voar”, a companhia buscará atender à demanda de cidades do interior ainda desassistidas pelo serviço aéreo.
O brasileiro Maurício Souza, fundador da Nella, disse que o nome da empresa foi uma homenagem à filha Antonella, de menos de 1 ano, e que aplicará a jovialidade do nome nos valores da empresa.
Segundo Souza, a Nella deve operar, inicialmente, nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste com aviões ATR 72-600, muito utilizados para pouso e decolagem em aeroportos menores. As aeronaves possuem capacidade para transportar até 72 passageiros em voos regionais.
Segundo Ministério do Turismo, a companhia aérea terá, a princípio, voos operando a partir do centro de operações no Aeroporto Internacional de Brasília e do centro administrativo no aeroporto Campo de Marte, em São Paulo. A intenção do CEO é, depois, ampliar hubs e frotas, inclusive cargueiras.
Ainda não há informações sobre possíveis rotas ou faixa de preço dos voos operados pela Nella no Brasil. O site da companhia já está no ar, mas apenas com informações administrativas e dos valores da empresa.
Para o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, este é o momento ideal para se investir no mercado interno brasileiro. “A retomada de nossa atividade ocorrerá por meio do turismo doméstico e temos que aproveitar esta tendência para promover e valorizar nossos destinos. A chegada de novas companhias aéreas regionais amplia a conectividade e tornam o turismo ainda mais acessível.”
BAIXO CUSTO X BAIXA TARIFA
É importante ressaltar que o fato de a companhia se considerar de “baixo custo” não gera, necessariamente, tarifas acessíveis à população. O termo, na verdade, faz referência à governança da empresa, que busca atuar reduzindo os gastos operacionais. Nem todas as companhias que atuam dessa forma fornecem preços mais baixos nas passagens. Isso depende de vários fatores, entre eles, a demanda de passageiros pelas rotas oferecidas e a disponibilidade de voos.