O presidente da República, Jair Bolsonaro, fez neste domingo (22) um discurso de defesa de sua política ambiental durante a cúpula do G20, grupo das 20 maiores economias do planeta. Bolsonaro criticou as “frases demagógicas” sobre a questão e afirmou que o governo continuará protegendo a Amazônia, o Pantanal e todos os biomas.
Em fala por videoconferência, Bolsonaro indicou a necessidade de expor a “realidade dos fatos” após reconhecer que os acordos comerciais, que estão na agenda do governo para abertura econômica, são cada vez mais influenciados pela questão ambiental.
O presidente ressaltou que o país alimenta “quase um bilhão e meio de pessoas”, garantindo a segurança alimentar de diversos países com a exportação de produtos agrícolas e pecuários “sustentáveis e de qualidade”.
“Ressalto que essa verdadeira revolução agrícola no Brasil foi realizada utilizando apenas 8% de nossas terras. Por isso, mais de 60% de nosso território ainda se encontra preservado com vegetação nativa”, disse.
“Tenho orgulho de apresentar esses números e reafirmar que trabalharemos sempre para manter esse elevado nível de preservação, bem como para repelir ataques injustificados proferidos por nações menos competitivas e menos sustentáveis”, acrescentou.
Bolsonaro afirmou que o país é responsável por menos de 3% da emissão de carbono, mesmo sendo uma das dez maiores economias do mundo, e que possui a matriz energética mais limpa dentre os integrantes do G20.
“O que apresento aqui são fatos, e não narrativas. São dados concretos e não frases demagógicas que rebaixam o debate público e, no limite, ferem a própria causa que fingem apoiar”, afirmou. “Vamos continuar protegendo nossa Amazônia, nosso Pantanal e todos os nossos biomas”, completou.
O discurso de Bolsonaro ocorreu em uma sessão da cúpula voltada para a sustentabilidade. Organizada pela Arábia Saudita, a edição atual do encontro do G20 ocorre por meio virtual, em função da pandemia do novo coronavírus. Bolsonaro falou a partir do Palácio do Planalto, em Brasília.