A Polícia Federal prendeu em flagrante, na sexta-feira (6), um homem apontado como o cabeça de um sofisticado esquema de distribuição de drogas para as regiões Norte e Nordeste do Brasil. As investigações fazem parte da operação denominada ‘Esquadrilha Abutre’.
Conhecido pela alcunha de ‘Cabeludo’, o traficante se utilizava de diversas aeronaves para transportar cocaína do estado de Rondônia para uma fazenda localizada no município de São Félix do Xingu (PA). De lá, o entorpecente seguia em veículos para ser distribuído nos estados do Pará, Tocantins, Piauí, entre outros.
Após o deslocamento aéreo do investigado da cidade de Araguaína (TO) até o estado de Rondônia, a Polícia Federal monitorou os passos do traficante, que teria pousado com a droga numa fazenda em São Félix do Xingu e, de lá, teria feito o papel de ‘batedor’ no deslocamento terrestre da carga, quando na cidade de Tucumã (PA), a Polícia Militar paraense interceptou o carregamento e apreendeu 815 kg de cocaína, escondidos em uma camionete S10, na madrugada do dia (5). A droga está avaliada em aproximadamente R$ 100 milhões.
A caminhonete era conduzida por Rômulo Alves dos Santos Nascimento, que jogou o veículo contra a viatura da PM e ainda desceu atirando contra os policiais. Ele morreu no confronto.
Após o flagrante, a Polícia Federal permaneceu à procura do traficante e conseguiu prendê-lo quando chegava em sua residência, na manhã do dia (6), na cidade de Araguaína (TO), retornando do estado do Pará, local da apreensão das drogas.
O traficante se utilizava de nome falso e havia mandado de prisão preventiva em aberto. Ele foi alvo da Operação ‘Cardeal’ da PF em Rondônia, que investigava o tráfico de drogas por meio de aeronaves. Foi identificado esquema com utilização de 6 aeronaves e cerca de 15 veículos, além de diversas pessoas entre transportadores e apoiadores logísticos. Em decorrência das investigações da Operação ‘Cardeal’, em setembro de 2019, o traficante preso em Araguaína foi condenado a 40 anos de prisão.
As investigações da Operação ‘Esquadrilha Abutre’ ainda seguem em curso para identificação de demais envolvidos.