O vereador e candidato a prefeito de Palmas pelo PSB, Tiago Andrino, incluiu o sobrenome “Amastha” no seu codinome eleitoral. Mas pelo andar da carruagem, ainda não surtiu os efeitos desejados. Ao contrário, o sobrenome parece trazer muito mais rejeição ao candidato do que votos.
O pessebista não decola e absolutamente todas as pesquisas registradas no TRE-TO o colocam como quinto, sexto e até mesmo sétimo colocado. Andrino reclama das pesquisas e diz possuir levantamentos – para consumo interno – que comprovam seu crescimento na preferência popular. Contudo, é apenas a palavra dele. Os números das pesquisas oficiais demonstram o contrário.
Alianças trouxeram tempo de televisão, mas não votos
Aliado a essa hipótese, que a rejeição do ex-prefeito Carlos Amastha pode ter afetado a sua candidatura, os outros aliados também não trouxeram capilaridade, nem tampouco musculatura para a chapa encabeçada por Andrino. Estão reunidos no mesmo grupo e cedendo o horário eleitoral gratuito e parte do fundo partidário: o PP com a senadora Kátia Abreu, o PSD com o senador Irajá Abreu, o PL com o deputado federal Vicentinho JR que emplacou, inclusive, a ex-prefeita da capital Nilmar Ruiz, como candidata a vice-prefeita na chapa pessebista.
Contudo, nada disso parece ter surtido resultados. Andrino continua com um percentual mínimo de votos, longe de passar perto de Cinthia Ribeiro, que seu grupo a elevou à condição de inimiga figadal.
Candidata alega falta de apoio a candidaturas femininas
No domingo (25), um vídeo gravado por uma das candidatas a vereadora na chapa do PSB agitou os bastidores da política. Nele, a candidata Giovanna Nazareno, que é policial civil, faz um desabafo para dizer que não é candidata ‘laranja” e sim a legítima representante das mulheres e da polícia.
No vídeo, ela reclama da postura do ex-gestor Amastha e do seu possível desprezo pelas candidaturas femininas. Segundo Giovanna, as candidatas não teriam recebido os recursos do fundo partidário, a cota exclusiva para mulheres que disputam as eleições. Ela cita ainda que o fiel escudeiro de Amastha, o ex-secretário Adir Gentil, tentou dissuadi-la de publicar o vídeo ou trazer o assunto à tona.
Em contrapartida, outras candidatas do sexo feminino assinaram um manifesto dizendo não concordar com a postura de Giovanna, alegando que a policial civil não responde por elas. Não se sabe, no entanto, se elas foram coagidas a elaborar o referido documento ou se foi algo espontâneo. O fato é que a coordenação da campanha está na ‘corda bamba’ e agora o ‘fogo amigo’ já deu as caras.
A questão é: trazer Amastha a tiracolo é mesmo uma boa estratégia eleitoral para Andrino?