Por causa da Covid-19, a Exposição Agropecuária de Araguaína (Expoara), que é realizada tradicionalmente no mês de junho, foi suspensa. Agora, a organização anunciou que o evento será realizado no próximo mês 100% digital.
A organização chegou a cogitar a possibilidade de realizar a festa presencialmente no próximo mês. Mas com o avanço da doença na cidade e em todo o estado, a ideia foi descartada. Com isso, a feira deve ser realizada pela primeira vez através da internet.
A Semana Tecnológica será realizada entre os dias 13 e 16 de outubro. Serão disponibilizados cursos, fóruns e palestras. O evento não terá a parte comercial.
“Não teve grande interesse do setor de Araguaína em participar abrindo o evento na área comercial. Para ter um evento bom, a gente teria que ter a adesão completa da área de máquinas agrícolas. As concessionárias até queriam, mas tinha que ter uma abrangência total, tanto da Aciara, quanto do setor do comércio”, disse o presidente do Sindicato Rural, Wagner Borges.
Apesar disso, o presidente disse que tem boas expectativas. “Vai ser um evento muito bom e o caminho mesmo é o digital. Voltando os anos seguintes a [pecuária] presencial, que com certeza nós vamos fazer eventos muito bons, nós pensamos em continuar com a forma digital também, os dois modelos”.
Segundo o Sindicato Rural de Araguaína, em 2019, a Expoara movimentou mais de R$ 60 milhões. Cerca de 120 mil pessoas passaram pelo parque de exposições da cidade, no ano passado.
O empresário Renato Borguetti participou da Expoara pela primeira vez em 2014, logo depois de abrir uma loja de produtos agropecuários. “Quando você está começando é importante que as pessoas conheçam, você é pequeno e precisa do apoio dos produtores, dos clientes. Então foi muito importante naquele primeiro momento, a parceria com o sindicato”.
Os resultados foram positivos e desde então, há seis anos, ele sempre participa da feira. “A exposição não só ajuda o mercado do agro, como todo o mercado da cidade. A gente tem hotéis, restaurantes, ambulantes, pessoas, lojas de roupa que acabam se beneficiando com a vinda de muita gente de fora”.