Letícia Sabatella sobre contato com Flordelis em filme: “Lobo em pele de cordeiro”
A atriz interpretou uma personagem no longa metragem que narra a história da mulher que adotou 50 filhos
Letícia Sabatella foi convidada para fazer uma pequena participação do filme Flordelis: Basta uma Palavra para Mudar, lançado em 2009 em formato de docudrama, que pretendia dar mais visibilidade para o projeto da atual deputada federal e arrecadar fundos para a construção de um centro de reabilitação para jovens e na compra de uma casa para a então cantora. Com uma justificativa tão comovente, a atriz jamais esperava que um dia a protagonista da história seria envolvida em uma acusação de assassinato.
Em conversa com a Marie Claire, Letícia – que interpretou Eliane no longa dirigido por Marco Antônio Ferraz – diz que não teve muito contato anterior ou posterior com a deputada e nem esperava que a história tomaria esse rumo.
“Eu estava trabalhando muito na época, fiquei algumas horas e fiz uma participação mínima e fui embora. Não acompanhei mais e, quando vi o posicionamento político e o rumo que estava tomando, tive um desencanto com as posturas políticas dela. Também não acompanhei a carreira de cantora dela, apesar de cantar bem, e só fiquei sabendo agora”, esclarece.
A pastora foi denunciada como a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, mas alega ser inocente, apesar de todos as provas apontarem para ela. Questionada sobre o que achou da virada que o caso tomou, Letícia diz que vê tudo como uma grande manipulação.
“Não sou especialista no assunto, acho que a gente está sempre com lobos em pele de cordeiro em volta e temos de ficar atentos. Me parece que também há uma carga muito grande de vaidade e manipulação nesta história toda”, opina.
Sabatella alega que, em 2009, não se preocupou em saber mais a fundo sobre a história de Flordelis, mesmo que sempre tenha desconfiança de casos grandiosos como este.
“Foi uma experiência muito rápida. Eu fui levada pelo Marcos Brandão, meu produtor na época, e ele me levou para ajudar em um projeto beneficente, a história de uma mulher que cuidava de 50 crianças. Na época, eu não verifiquei [a veracidade] e sempre acho que quando algo é muito grande e eloquente é passível de desconfiança, mas não quis duvidar do projeto“, comenta.