Clamando por justiça após estupro, Mari Ferrer tem conta no Instagram bloqueada. Relembre o caso!
A blogueira, que foi estuprada em dezembro de 2018, utiliza suas redes sociais para divulgar notícias e atualizações sobre seu caso - ainda sem solução
Em maio de 2019 a blogueira Mariana Ferrer, de 21 anos na época, utilizou o seu Instagram para contar sobre um estupro que sofreu após ter sido dopada em dezembro de 2018 em em um famoso beach club de Florianópolis, Santa Catarina.
“15 de dezembro de 2018, Florianópolis, Santa Catarina. Não é nada fácil ter que vir aqui relatar isso. Minha virgindade foi roubada de mim junto com meus sonhos. Fui dopada e estuprada por um estranho em um beach club dito seguro e bem conceituado da cidade”, relatou ela na época.
O empresário paulistano André de Camargo Aranha, de 43 anos, foi indiciado pela Polícia Civil em 2019 por estupro de vulnerável e o processo segue em andamento. Os exames provaram que houve conjunção carnal, ou seja, introdução completa ou incompleta do pênis na vagina, ruptura do hímen de Mariana e ainda identificaram sêmen dele em sua calcinha – apesar de André ter afirmado que nunca teve contato físico com ela.
fui vítima de violência sexual enquanto estava exercendo minha profissão e quase perdi a minha vida: meu relato completo. pic.twitter.com/hemFafX35D
— MARIANA FERRER (@marianaferrerw) April 2, 2020
O réu, que tem alto poder aquisitivo e fotos com famosos como o jogador Gabriel Jesus, não pode ficar fora de São Paulo – cidade em que mora – por mais de 30 dias consecutivos e deve comparecer mensalmente à audiências.
No seu Instagram, Mari contava as consequências e os traumas deixados pelo estupro em sua vida, além de pressionar as autoridades para finalizar o caso. Recentemente, o caso voltou à tona quando usuários levantaram a hashtag “Justiça por Mari Ferrer” no Twitter.
No início de agosto, Mari contou que a defesa de André manipulou fotos suas para anexar ao protocolo do caso. “A defesa de forma sórdida e ardilosa protocolou dentro do processo fotos manipuladas como se eu estivesse nua (nunca fotografei assim) e anexou junto um site indevido fazendo correlação ao produto de skincare que já divulguei como influenciadora juntamente das imagens deturpadas”.
a defesa de forma sórdida e ardilosa protocolou dentro do processo fotos manipuladas como se eu estivesse nua (nunca fotografei assim) e anexou junto um site indevido fazendo correlação ao produto de skincare que já divulguei como influenciadora juntamente das imagens deturpadas. pic.twitter.com/6HPRS8dXRJ
— MARIANA FERRER (@marianaferrerw) August 5, 2020
Agora, nesta terça-feira, 18, Mari contou que teve a sua conta do Instagram bloqueada “devido a um processo judicial”. Em seu Twitter, ela escreveu: “Não basta ser vítima de violência contra mulher, o homem que foi indiciado e denunciado pelas autoridades por estupro de vulnerável entrou na justiça para remover minha conta do Instagram e silenciar a única voz que tenho para lutar por justiça”.
ISSO É INACEITÁVEL. @instagram não basta ser vitima de violência contra mulher, o homem que foi indiciado e denunciado pelas autoridades por estupro de vulnerável entrou na justiça para remover minha conta do instagram e silenciar a única voz que tenho para lutar por justiça. pic.twitter.com/yj0ghAcn6s
— MARIANA FERRER (@marianaferrerw) August 19, 2020
Até agora, Mari não teve a sua conta do Instagram recuperada e o caso não foi solucionado. Estamos todas esperando, pedindo e clamando #JustiçaPorMariFerrer