Governador do Tocantins pede que Bolsonaro envie Forças Armadas para combater queimadas no estado

Em ofício, Mauro Carlesse destacou que aumento de casos de doenças respiratórias por causa da fumaça pode saturar ainda mais o sistema de saúde.

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O governador do Tocantins, Mauro Carlesse (DEM) informou nesta terça-feira (11) que enviou um ofício ao presidente Jair Bolsonaro pedindo o apoio das Forças Armadas no combate às queimadas no estado. O documento, segundo o governador, destaca que o estado se encontra em posição de destaque no cenário nacional com relação ao número de focos já registrados em 2020, com mais de quatro mil ocorrências.

Ainda no ofício, Carlesse destacou que a fumaça dos incêndios florestais pode agravar os casos de doenças respiratórias e saturar ainda mais o sistema de saúde já sobrecarregado com a pandemia do novo coronavírus. Ele quer que a Operação de Garantia da Lei e da Ordem, em andamento em outros estados da Amazônia Legal, seja estendida ao Tocantins.

G1 procurou o Palácio do Planalto para saber se o pedido já foi analisado e se há previsão do envio de militares ao estado para dar apoio nas ações de combate e aguarda retorno.

“A falta de chuvas e com este forte calor acabam favorecendo o surgimento de incêndios florestais comprometendo a biodiversidade da região em razão da destruição de quilômetros de flora e a morte de milhares de espécies da fauna amazônica”, disse o governador.

O Palácio Araguaia, sede do Governo do Tocantins, informou que recebeu do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) um alerta de que devido às condições climáticas atuais, o estado “ocupa posição de destaque no Índice de Inflamabilidade de Nesterov”. Esse índice é usado para medir o grau de perigo de queimadas nas áreas de vegetação. O período seco no Tocantins, tradicionalmente, vai até meados de outubro.

O pedido feito pelo governador especifica que os militares poderiam ser empregados na faixa de divisa do Tocantins, nas terras indígenas, nas unidades federais de conservação ambiental e em outras áreas federais. Não há nenhum indicativo de quais forças poderiam ser empregadas.

Atualmente, o Tocantins possui bases do Exército e da Marinha. As duas forças participaram da operação de combate ao fogo em 2019. Na época, até aviões de países estrangeiros como o Chile foram chamados para atuar no combate às queimadas.

Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que o Tocantins registrou 4.049 focos de incêndio desde o começo de 2020.

Queimada perto de aeroporto na região sul de Palmas — Foto: Divulgação/Ciopaer
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