Justiça determina convocação de médicos após ocupação nos leitos de UTI em Araguaína chegar ao limite

O Hospital Regional está com 10 leitos ocupados e deixou de admitir novos pacientes. A unidade possui outros sete leitos que poderiam ser usados se houvessem profissionais para cobrir as escalas.

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A Justiça determinou um prazo de 24 horas para que o diretor técnico do Hospital Regional de Araguaína, Sérgio Nogueira de Aguiar, convoque mais médicos para a unidade. O problema é que os 10 leitos de UTI para casos de coronavírus que existem hospital já estão ocupados. A unidade tem outros sete leitos que estão livres, mas que não podem ser usados por falta de profissionais para operar os equipamentos.

O pedido de urgência foi feito pelo Ministério Público do Tocantins após os promotores receberem a informação de que os leitos da rede privada, que têm atendido os pacientes do SUS, também estão no limite da capacidade. O juiz Carlos Roberto de Sousa Dutra decidiu atender o pedido e determinou multa de R$ 10 mil por dia para Sérgio Nogueira em caso de descumprimento.

O diretor é obrigado a convocar médicos do próprio HRA que estejam de sobreaviso. Se mesmo assim a falta de profissionais continuar, ele deve fazer a convocação para médicos ou de outras unidades do poder público, como a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros. A Secretaria de Estado da Saúde também foi intimada a criar escalas de plantão que cubram o total de leitos do HRA.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que ainda não foi notificada da decisão, mas reforçou que continua trabalhando para repor estes profissionais e reativar os leitos o mais breve possível.

A SES ressaltou que trabalha com toda rede de hospitais públicos e leitos contratados na rede privada para garantir o atendimento da população tocantinense, se necessário transferências podem ocorrer.

A cidade de Araguaína registra até este domingo (2) 7.276 casos do novo coronavírus e 98 mortes pela doença. Recentemente, em outra ação judicial, o MP e a Defensoria Pública apontam erros nos cálculos do índice de ocupação dos leitos na cidade. Segundo o documento, o uso de dados indevidos no cálculo tem distorcido os resultados e levado os moradores a uma falsa sensação de segurança.

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Fonte globo
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