Para 60%, o STF toma decisões políticas no cumprimento da Constituição Federal
A Paraná Pesquisas diz que 60% dos brasileiros acreditam que o Supremo Tribunal Federal (STF) decide politicamente o cumprimento da Constituição Federal.
Nada mais correto a interpretação dos entrevistados pelos institutos, pois a Constituição de 1988 é uma “carta política” fruto de um pacto na sociedade que viveu 21 anos na escuridão da ditadura militar.
Aliás, a composição do STF é fundamentalmente política. A escolha dos ministros é política, enfim.
Para que um cidadão seja escolhido pelo presidente da República precisa ter mais de 35 e menos de 65 anos. É preciso seguir carreira jurídica e possuir notável saber nessa área, mas não há a necessidade de ser um juiz, um advogado ou até mesmo ter formação acadêmica na área do direito.
Somente 31% acham que o Supremo toma decisões técnicas e 9% não souberam responder.
A Paraná Pesquisas ouviu 2.395 pessoas de 26 estados e do Distrito Federal entre os dias 11 e 15 de julho. A margem de erro é de 2%.
Bolsonaristas rompem trégua com STF e convocam ato para o próximo domingo
Durou pouco a trégua dos bolsonaristas com o Supremo Tribunal Federal (STF) e a mesa diretora do Congresso Nacional. Nas redes sociais, diversos parlamentares e grupelhos de militantes bolsonaristas convocam uma manifestação de rua para o próximo domingo (19) em defesa do governo do presidente Jair Bolsonaro.
Após as ações do STF contra o gabinete do ódio, o desmantelamento do chamado “Acampamento dos 300” e a prisão de Fábrício Queiroz – ex-assessor de Flávio Bolsonaro – os apoiadores de extrema-direita do governo ensaiaram um recuo tático para aliviar o cerco. Recuperados do susto, os bolsonaristas voltam à carga contra a democracia e o estado de direito.
Uma das mais destacadas parlamentares bolsonaristas, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) engrossou a convocação do ato do próximo dia 19, em Brasília, nas redes sociais.
“Neste domingo está confirmado ato em prol do Brasil, em apoio ao governo Bolsonaro e pela liberdade no nosso país!”, escreveu a deputada, levantando a hashtag #Dia19EuVou.
A manifestação convocada ignora o avanço da pandemia do coronavírus no país, que recomenda o isolamento social e evitar a concentrações de pessoas.
Mais uma vez, se comprova que com o fascismo não é possível uma atitude de complacência e de acordos de apaziguamento.