Japão pede extradição de acusados de ajudar ex-CEO da Nissan a fugir
Carlos Ghosn fugiu para o Líbano, país de sua infância, após ser acusado de ter cometido irregularidades financeiras na empresa
O Japão pediu formalmente aos Estados Unidos a extradição de um ex-militar e de seu filho, acusados de ajudarem o ex-chefe da Nissan Carlos Ghosn a fugir do país enquanto aguardava julgamento por acusações financeiras.
O Japão pediu ao Departamento de Estado dos EUA para extraditar Michael Taylor e seu filho, Peter Taylor, depois que eles foram presos provisoriamente em Massachusetts no mês maio, afirmou o Departamento de Justiça dos EUA nesta quinta-feira.
Os advogados dos Taylor não responderam imediatamente a pedidos por comentários. Seus advogados argumentaram que eles não haviam sido acusados no Japão por um crime pelo qual a extradição é possível sob o tratado EUA-Japão.
A embaixada japonesa em Washington e o Departamento de Justiça dos EUA não responderam a pedidos por comentário.
Os Taylor foram presos em Harvard, Massachusetts, em 20 de maio, a pedido do Japão, após as autoridades de lá, em janeiro, os acusarem de colaborar na fuga de Ghosn, ex-presidente da Nissan, do país em 29 de dezembro de 2019.
Ghosn fugiu para o Líbano, país de sua infância. Ele é acusado de ter cometido irregularidades financeiras, inclusive minimizar sua remuneração nas demonstrações financeiras da Nissan. Ele nega irregularidades.
O Líbano não tem um tratado de extradição com o Japão.
Os dois homens foram mantidos sem fiança desde suas prisões. Promotores argumentam que Taylor e Michael, veterano de forças especiais do Exército dos EUA e especialista em segurança, não devem ser libertados da prisão em razão do risco de fuga.
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