Veja repercussão da saída de Decotelli do Ministério da Educação

Deputados e entidades ligadas à educação comentaram demissão do ministro anunciado para o lugar de Weintraub na semana passada

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demissão do ministro Carlos Alberto Decotelli da Silva após a informações em seu currículo serem negadas por instituições de ensino repercutiu no mundo político e entre entidades ligadas ao tema da educação nesta terça-feira (30). Decotelli enviou uma carta ao presidente Bolsonaro pedindo para deixar o governo antes mesmo da posse, que já havia sido adiada. O pedido foi aceito, e a saída de Decotelli foi antecipada pelo R7.

Para Claudia Petri, coordenadora de implementação regional do Itaú Social, a pessoa que vier a ocupar o cargo precisará liderar esforços para a resolução de questões emegenciais em um cenário de pandemia.”É preciso garantir que não haja ainda mais perdas para a qualidade da educação no país e que as famílias tenham condições de manter seus filhos na escola. Frente a estes desafios, é necessária a efetiva condução de políticas permanentes que apoiem as redes na travessia de um longo percurso para a efetiva melhoria da educação pública no Brasil”, afirmou.

Ela disse considerar que será bem-vindo um ministro “com perfil técnico, com uma carga menos ideológica, e capacidade de diálogo com as redes estaduais e municipais”.

O movimento Todos pela Educação também se manifestou. Para Olavo Nogueira Filho, diretor de políticas educacionais, o episódio aprofundou a herança do ex-ministro Abraham Weintraub: “um MEC muito enfraquecido, desacreditado e deslegitimado”. “A fragilidade é grande e exigirá um esforço intencional do próximo ministro (ou ministra) de reconstruir as pontes e sinalizar rapidamente para uma agenda de ação efetiva, em sintonia com os problemas reais.  O país urge por isso, em especial dado o contexto da pandemia”, afirmou.

A saída de Decotelli também repercutiu entre parlamentares. A deputada Tábata Amaral (PDT-SP) afirmou que não se pode deixar a educação à deriva e que não há priorização para a pasta mais importante do governo.

O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) citou o caso do ex-ministro Nelson Teich, da Saúde, que ficou menos de um mês no cargo, e falou que o país terá o quarto ministro da Educação em um ano e meio.

Seu correligionário, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que a queda em tempo recorde mostra a importância que o governo dá para a educação.

A deputada federal Samia Bomfim (PSOL-SP) afirmou que “o mesmo que valeu para Decotelli valha para todos os ministros que mentiram em seus currículos”. Para ela, “é lamentável mais esse episódio vexatório envolvendo o MEC”, disse.

A UNE (União Nacional dos Estudantes afirmou que o ministério não pode ser submetido a ala mais ideológica do governo. “O Ministério da Educação não pode ser instrumento de guerra cultural, e tem problemas importantes e urgentes a solucionar sobre a educação brasileira”, disse.

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Fonte r7
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