Guaidó e oposição rechaçam sentenças contra diretórios de partidos políticos
O líder parlamentar Juan Guaidó e os principais partidos políticos da oposição na Venezuela rechaçaram nesta quarta-feira (17) as sentenças do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) que suspenderam o diretório de duas das principais forças contrárias ao governante socialista Nicolás Maduro.
“Não é um tribunal, é o braço legal de uma ditadura”, disse Guaidó em entrevista coletiva com líderes das quatro maiores legendas da oposição, depois das decisões judiciais com vistas à eleição de um novo Parlamento, prevista para este ano , mas sem data marcada.
O TSJ suspendeu o diretório do Ação Democrática (Social Democrata) na segunda-feira e na terça-feira fez o mesmo com o Primeiro Justiça (centro), organizações com alta representação na Assembleia Nacional – o único poder controlado pela oposição no país – e entregou o controle dos partidos a adversários de Guaidó.
Onze partidos da oposição, incluindo os dois cujos diretórios foram suspensos pelo TSJ, anunciaram no domingo um boicote às legislativas, depois que o tribunal nomeou um novo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), uma prerrogativa atribuída por lei ao Parlamento.
Para Guaidó as eleições parlamentares terão o mesmo destino que as presidenciais de maio de 2018, que reelegeram Maduro, mas foram rejeitadas pela oposição e cinquenta países liderados pelos Estados Unidos, que reconhecem como presidente encarregado, o líder da oposição.