Brasil tem 679 mortes por covid-19 em 24h; casos passam de 700 mil
Após polêmica com os dados, o Ministério da Saúde recuou e prometeu divulgar o total acumulado de infectados e óbitos
O Brasil tem 37.134 mortes e 707.412 casos confirmados de coronavírus. Os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), com base em informações repassadas pelos governos estaduais, e foram divulgados nesta segunda-feira, 8. Em um dia foram adicionados ao balanço mais 679 óbitos e 15.654 testes positivos.
Após a polêmica sobre a divulgação de dados de contaminados e mortos por covid-19, o Ministério da Saúde também informou que nas últimas 24 horas foram registradas 679 mortes e 15.654 novos casos da doença no país. Mas não informou o acumulado desde o início da pandemia.
A medida ocorre após a suspeita de interferência da Presidência da República nos dados, primeiro com a alteração do horário da divulgação para 22 horas e, depois, com a informação dos resultados diários, sem os números acumulados.
Durante entrevista coletiva realizada nesta segunda, Elcio Franco, secretário executivo do Ministério da Saúde, informou que os números sobre a covid-19 voltarão a ser divulgados às 18 horas. Ele prometeu que uma nova plataforma será lançada na terça-feira, 9. Disse ainda que neste novo formato vão estar o total de vítimas e casos confirmados desde o início da pandemia.
O presidente Bolsonaro chegou a indicar que o ministério passaria a relatar apenas mortes que ocorreram nas últimas 24 horas. Mas a pasta manteve a metodologia de somar os registros de mortes do dia às de dias anteriores.
Apesar de uma queda em relação aos dias passados, quando os óbitos superaram 1.000, os números às segundas-feiras costumam ser menores, assim como do fim de semana. O ministério justificou que a diferença ocorre porque alguns sistemas de coletas de dados de estados e municípios não são atualizados nos finais de semanas para ser totalizados.
Há 24 dias o Brasil está sem ministro da Saúde. Eduardo Pazuello está no cargo de forma interina, desde a saída de Nelson Teich.