Vacina contra coronavírus de Oxford entra na terceira fase de testes
Brasileira na equipe de pesquisadores estima que dentro de dois a seis meses já será possível saber se vacina será eficiente ou não
A esperança de ter uma vacina contra o novo coronavírus avança mais um pouco. A Universidade de Oxford, no Reino Unido, começa nesta semana a terceira fase de testes clínicos. Desta vez, o imunizante em estudo será aplicado em pelo menos 10 mil pessoas com o objetivo de averiguar sua eficácia.
Este é considerado o estudo mais avançado sobre vacina contra o Sars-CoV-2. Em apenas dois meses, os pesquisadores passaram da fase 1 para a fase 3.
Entre os integrantes da equipe da pesquisa, está a imunologista brasileira Daniela Ferreira, especialista em infecções respiratórias e desenvolvimento de vacinas. Ao jornal O Estado de S. Paulo, ela disse que que há um envolvimento global de cientistas compartilhando conhecimento em tempo real, mas que não há como estimar quando a vacina ficará pronta. Ela, no entanto, acredita que dentro de dois a seis meses já será possível saber se a vacina é realmente eficaz.
A imunologista lembra também que não basta apenas a vacina ser eficiente. “É preciso saber se ela pode ser produzida rapidamente e em larga escala, se será acessível globalmente, se terá um preço razoável ou poderá ser distribuída de graça. Enfim, tudo isso entra nessa conta”, afirmou.