Witzel deve prestar depoimento nas próximas horas no âmbito da operação Placebo
RIO DE JANEIRO (Reuters) – O governador do Rio de Janeiro, WIlson Witzel (PSC), terá que prestar depoimento nas próximas horas no âmbito da operação Placebo, que mirou supostas irregularidades nas contratações do Estado para a pandemia de Covid-19, disseram fontes do Palácio Guanabara.
A determinação foi dada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), autor da expedição dos 12 mandados de busca e apreensão da operação realizada na terça-feira.
Os mandados foram cumpridos no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador, na casa particular dele, no escritório da primeira-dama, Helena Witzel, e em endereços ligados a dois secretários estaduais.
A operação mirou as contratações de hospitais de campanha para pacientes com Covid-19. As investigações apontam que haveria indícios nas contratações emergenciais que custaram cerca de 800 milhões de reais.
As fontes ainda não revelaram quando o governador vai prestar depoimento nem de que forma, uma vez que tem prerrogativa de foro.
A primeira-dama, também alvo das investigações da operação Placebo, deve prestar depoimento ainda nesta semana.
“Está previsto sim o depoimento do governador no caso e os detalhes estão sendo definidos”, disse uma das fontes. “Ele vai lá, talvez esta semana, mas quem define e marca hora e local é a Polícia Federal”, disse uma segunda fonte.
Procurado, o STJ informou que o caso está em segredo de Justiça.
O ministro do STJ Benedito Gonçalves solicitou ao Ministério Público Federal a apuração sobre o suposto vazamento da operação Placebo.
Segundo o ministro, caso seja confirmado o vazamento, “será necessário responsabilizar penalmente o autor da conduta ilícita, como forma de não prejudicar a integridade das instituições”.