Covid-19: profissionais do SUS terão atendimento psicológico
Ministério da Saúde anunciou detalhes do projeto de saúde mental, que prevê investimento de R$ 2,9 milhões e espera atender mais de 10 mil trabalhadores
O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (19) os detalhes do projeto de saúde mental voltado para os profissionais do SUS (Sistema Único de Saúde) que estão atuando no combate à covid-19. A expectativa da pasta, que prevê investimento de R$ 2,9 milhões, é atender cerca de 10 mil trabalhadores da linha de frente.
Maria Dilma Alves Teodoro, diretora substituta do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas, afirmou que a medida vai contemplar todas as 14 categorias que atuam na rede pública, que poderão se consultar com psicólogos e psiquiatras por meio do teleatendimento (0800 644 6543).
“Os trabalhadores que se sentirem estresse, ansiedade, depressão e irritabilidade podem utilizar o canal telefônico. A ação subsidiará o maior projeto de pesquisa desta natureza já realizado no país e um dos maiores do mundo”, explicou Maria Dilma.
No primeiro contato, de acordo com a representante do ministério, o profissional passará por uma equipe de triagem, que será responsável por uma avaliação preliminar e, também, por definir a necessidade ou não de atendimento com um psiquiatra. “e identificado algum potencial de risco ou sintomas intensos de sofrimento psíquico os pacientes serão encaminhados para avaliação psiquiátrica”, completou.
O Ministério da Saúde contabiliza 31.790 profissionais de saúde infectados, apontou o último balanço divulgado pela pasta. Os dados oficiais indicam ainda que 114.301 casos estão sendo investigados em todas as regiões.
Na semana passada, durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília, Eduardo Macário, secretário substituto de Vigilância em Saúde, admitiu que o crescimento de ocorrências entre trabalhadores da linha de frente tem preocupado o governo.
“O trabalho que tem sido feito pelos profissionais de saúde no enfrentamento ao novo coronavírus tem nos preocupado bastante, principalmente devido ao número de afastamentos”, disse o secretário substituto.