Celso de Mello diz que definirá sobre sigilo do vídeo até sexta-feira
O ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), informou que decidirá até sexta-feira (22) a respeito do levantamento do sigilo da reunião ministerial de 22 de abril. O posicionamento de Celso de Mello foi oficializado em nota oficial, enviada nesta segunda-feira (18), divulgada na conta oficial do Twitter do STF.
A reunião é apontada como peça-chave no inquérito que apura suposta interferência política do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na PF (Polícia Federal), conforme acusou o ex-ministro da Justiça Sergio Moro.
O vídeo foi entregue ao ministro do Supremo, na tarde desta segunda, por uma equipe da PF coordenada pela delegada Christiane Correa Machado. A mídia estava gravada em um HD externo e tem o conteúdo na íntegra da gravação da reunião ministerial de 22 de abril de 2020.
O ministro, segundo a nota, começou a assistir ao vídeo a partir das 18h, e decidirá a respeito do levantamento do sigilo – parcial ou total – até o final desta semana. Ao receber o HD, o ministro deu a seguinte declaração:
“Recebi a equipe da Polícia Federal , chefiada pela Dra. Christiane Correa Machado, em meu gabinete, na data de hoje, que me atualizou sobre o andamento das investigações criminais e entregou-me um pen drive contendo vídeo e áudio da reunião ministerial de 22/4/2020. Após esse encontro, comecei , agora, a assistir ao vídeo, devendo liberar minha decisão até esta próxima 6a. feira, dia 22/05, talvez antes!”
Em nota oficial, ministro Celso de Mello informa que decidirá a respeito do levantamento do sigilo da reunião ministerial de 22/4 até o final desta semana. https://t.co/LTbn4MNrN6
— STF (@STF_oficial) May 18, 2020
As alegações de Moro, feitas ao anunciar sua demissão do cargo, foram convertidas em um inquérito que corre no STF (Supremo Tribunal Federal) para apurar as supostas interferências. O presidente nega.
A defesa de Sergio Moro pediu que Celso de Mello divulgue o vídeo na íntegra, enquanto a AGU (Advogacia-Geral da União) defende a publicidade somente das falas do presidente. Já a PGR (Procuradoria-Geral da República) é mais restrita e pede que sejam publicizadas apenas os trechos que dizem respeito ao objeto do inquérito: a suposta interferência polícia na PF.