Democratas apresentam pacote de US$ 3 tri para enfrentar a pandemia
Os democratas americanos apresentaram nesta terça-feira (12) no Congresso um plano de 3 trilhões de dólares, o maior até agora, para fornecer fundos aos estados e à população em sua luta contra os danos econômicos da pandemia de coronavírus.
O projeto foi apresentado na Câmara dos Representantes (baixa), de maioria democrata, e poderá ser votado nesta semana.
O Senado, controlado pelos republicanos, imediatamente se opôs ao texto, considerando que uma nova rodada de ajuda ainda não é necessária.
O presidente Donald Trump também afirmou recentemente que não é a favor da aprovação de novas medidas para o coronavírus.
O Congresso adotou vários pacotes de medidas para apoiar a epidemia nos últimos meses. Em março, os legisladores e o presidente aprovaram um plano de resgate de US$ 2,2 trilhões.
Também foi aprovado um fundo de US$ 483 bilhões para empréstimos a pequenas empresas devastadas pela quarentena imposta para conter a pandemia.
O novo texto elaborado pelos democratas inclui uma segunda rodada de pagamentos de até US$ 6.000 por família, em um esforço para aliviar a situação de milhões de americanos que perderam o emprego durante a crise.
A proposta também inclui financiamento para profissionais de saúde e serviços de emergência, expansão da triagem e monitoramento de coronavírus, aumento de empréstimos para pequenas empresas e aumento da segurança alimentar para os cidadãos mais pobres.
“Estamos enfrentando a maior catástrofe da história do nosso país”, disse a líder democrata da Câmara, Nancy Pelosi, ao apresentar o texto.
O Congresso “deve agir com coragem”, declarou. “Se não o fizermos, haverá um custo mais alto para vidas e meios de subsistência no futuro. Não agir é o caminho mais caro”, insistiu.
Os republicanos do Senado e da Câmara rejeitaram o texto, que descreveram como uma enorme lista de desejos liberais.
“O que Nancy Pelosi propõe nunca será aprovado pelo Senado”, disse o senador John Barrasso a jornalistas.
O texto propõe financiamento para as eleições nos EUA, incluindo medidas para expandir a votação antecipada e o voto pelo correio, algo a que os republicanos se opõem.
Os Estados Unidos, o país mais afetado pela pandemia, registraram mais de 1,35 milhão de casos confirmados de COVID-19, com mais de 80.000 mortes.