Suíça relaxa isolamento e lojas de luxo têm filas de clientes
País começou reabertura nesta segunda-feira e jornalista mostrou registros de lojas de luxo em Zurique com fila para entrar
A Suíça começou a partir deste 11 de maio um relaxamento das medidas de distanciamento por conta do coronavírus. Escolas, trens, lojas, bares e restaurantes abriram as portas hoje pela primeira vez em 8 semanas.
Em Zurique, a jornalista brasileira Bianca Rothier que é correspondente da Rede Globo no país, mostrou em seu Instagram algumas cenas particulares da reabertura: clientes fazendo fila nas portas de lojas de luxo como Louis Vuitton e Chanel, em uma das principais ruas comerciais da cidade.
“Fila na porta da Chanel no meio de uma pandemia, acho que só na Suíça, né?”, diz ela no vídeo. Na sequência de registros, Bianca mostra uma rua de restaurantes completamente vazias. Uma das regras para reabertura foi que os estabelecimentos não poderiam sentar mais de pessoas por mesa, com uma distância de 2 metros entre cada.
Revenge spending?
O comportamento em Zurique pode estar espelhando algo que já foi visto na China, no início de abril. No mês passado, no dia de sua reabertura, uma loja da Hermès em Guangzhou, sul da China, registrou recorde de vendas em um dia: R$14 milhões. Após meses de fechamento de lojas, distanciamento social e hábitos pessoais e profissionais interrompidos, muitas lojas esperam que os clientes (principalmente os chineses) “compensem” com compras indulgentes.
O chamado “revenge buying” (em inglês, algo como “consumo de vingança”) foi um termo cunhado nos anos 80 que, em um primeiro momento, significava um comportamento frente a uma demanda reprimida por produtos estrangeiros aos quais os chineses não tinham acesso à época. Em tempos de pandemia, a expressão explica a possibilidade de um retorno massivo e repentino ao varejo por parte dos consumidores que estão obrigados a ficar em casa.