USP está testando milhares de medicamentos contra o novo coronavírus

-- Publicidade --

-- Publicidade --

Na corrida por medicamentos que combatam o novo coronavírus (SARS-CoV-2), pesquisadores de todo o mundo têm estudado como drogas já existentes, e desenvolvidas para o tratamento de outras doenças, podem auxiliar médicos a tratarem pacientes com a COVID-19. Como parte desses esforços, o Laboratório Phenotypic Screening Platform, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, testa milhares de remédios contra a infecção.

Referência mundial para reposicionamento e descoberta de novos fármacos, o laboratório da USP tem parceria com a empresa farmacêutica Eurofarma, que cedeu cerca de 1.500 fármacos para essa pesquisa nacional. Esse grupo de cientistas também está firmando novas parcerias com outras farmacêuticas para a triagem de medicamentos já comercializados no Brasil, além de testarem produtos para a prevenção da COVID-19, em desenvolvimento, por startups.

Como funciona?

Como explica Lucio Freitas Junior, coordenador do laboratório e doutor em Microbiologia e Imunologia, é usada a técnica de triagem fenotípica para avaliar a eficácia dos diferentes medicamentos no combate ao novo coronavírus. Para isso, cada medicamento tem seus efeitos avaliados na atividade antiviral de compostos em células infectadas com o SARS-CoV-2, em testes in vitro.

Em cada caso, as células infectadas são colocadas em placas de ensaio e cada uma recebe diferentes drogas para os testes. Depois de agirem, as análises são feitas de modo automatizado, a partir da tecnologia High Content Screening, que permite analisar dezenas de milhares de fármacos simultaneamente toda semana.

Com o método, o coordenador do laboratório estima que em cinco semanas o grupo já terá os resultados dos testes de mais de 2.500 compostos para COVID-19 e, depois, será possível testar até 4 mil compostos por semana.

Quais drogas?

Essa pesquisa da USP está trabalhando com medicamentos já aprovados para o tratamento de outras doenças e, principalmente, produzidos em território brasileiro — o que garante um bom acesso à droga caso demonstre eficácia nos testes. “A grande vantagem é agilizar o processo de descoberta de um tratamento. Um medicamento pode levar até dez anos para ser produzido, testado e aprovado. Nós não temos esse tempo. Precisamos agir agora”, explica o pesquisador Lucio Freitas Junior.

O grupo de cientistas também faz parte de consórcios internacionais que buscam novos fármacos para tratamento da COVID-19. “Também é missão da Universidade atuar junto à sociedade para atender a demandas de saúde. Por isso, a plataforma de triagem fenotípica do ICB busca estabelecer parcerias com grupos de pesquisa do Brasil e do exterior, bem como empresas nacionais e internacionais, para o teste de novos candidatos a fármacos e de produtos destinados à prevenção da COVID-19 e outras doenças virais”, explica o pesquisador.

Fonte: Jornal USP

 

Banner825x120 Rodapé Matérias
Fonte canaltech
você pode gostar também