Mandetta: ‘Vamos ficar e enfrentar nosso pior inimigo, o coronavírus’

Ministro voltou a defender o isolamento social, reafirmou que "médico não abandona paciente" e disse que número de casos está "dentro do esperado"

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Em meio a rumores de demissão, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou nesta segunda-feira (6) que permanece na pasta para enfrentar o coronavírus, que ele classificou como “o pior inimigo”.

“Médico não abandona paciente. Eu não vou abandonar”, reafirmou ele ao mencionar o compromisso na luta contra o vírus.

“A movimentação social é tudo o que esse vírus, que é o nosso inimigo, quer”, destacou Mandetta ao defender mais uma vez a manutenção do isolamento social.

“O momento é de cautela, proteção e distanciamento social. Isso que vocês estão passando não é quarentena nem lockdown. Quarentena e lockdown são muito piores do que isso”, observou o ministro.

 

Ao comentar sobre as 553 mortes e os 12.056 casos confirmados de coronavírus no Brasil até o momento, Mandetta afirmou que os números estão “dentro do que se imaginou”.

Mandetta também contou ter encarado um dia “emocionalmente muito duro” diante dos rumores de demissão e revelou que, ao voltar da reunião ministerial que teve com o presidente Bolsonaro, encontrou “gente limpando gaveta e pegando as coisas” ao imaginar que ele seria exonerado. “Hoje foi um dia que rendeu muito pouco aqui no ministério. Ficou todo mundo com a cabeça avoada”, relatou.

 

O ministro ainda agradeceu o apoio da equipe ministerial e se classificou como um “porta-voz” do grupo de trabalho. “O trabalho que fazemos é técnico. A única coisa que eu faço é ser porta-voz do trabalho de vocês. Algumas vezes dou pequenos palpites”, afirmou.

Mandetta também aproveitou o pronunciamento para rebater as críticas que têm recebido pela posição de distanciamento social alinhada com a OMS (Organização Mundial da Saúde).

“Não temos a menor pretensão de sermos os donos da verdade. […] Temos muita dificuldade quando em determinada situação as críticas não vêm no sentido de construir, mas para trazer dificuldade no ambiente de trabalho”, lamentou o ministro.

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Fonte r7
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