Promotores ajuízam ações para que gastos com coronavírus sejam divulgados diariamente

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Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio da 9ª Promotoria de Justiça da Capital, ajuizou nesta terça-feira, 31, Ações Civis Públicas (ACPs)  para que, no prazo máximo de 72 horas, o Estado ou a prefeitura de Palmas disponibilizem nos seus Portais da Transparência os  gastos públicos realizados no combate ao coronavírus, através da criação de uma aba específica no Portal da Transparência, alimentando-o diariamente e apresentando de forma detalhada, os valores orçamentários e a execução de despesas no enfrentamento do coronavírus.

 

Os promotores de Justiça Edson Azambuja Thais Massilon, autores das ações, usaram como exemplo o modelo adotado pelo Governo Federal e ressaltaram a aprovação, no dia 20 de março, da Lei Federal nº 13.979/2020, que dispõe sobre as medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública, que entre outras disposições, autoriza a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal a dispensar licitação para aquisição de bens, insumos e serviços, inclusive de engenharia, em razão do COVID-19 enquanto perdurar a emergência de saúde pública.

 

O mesmo dispositivo legal prevê, ainda, a disponibilização, em sitio eletrônico específico, de todas as contratações ou aquisições realizadas, discriminando os valores orçamentários, a execução de despesas e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, bem como do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário e o total da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, com CNPJ, de modo a explicitar todas as formas de gatos públicos dispendidos especificamente no enfrentamento da pandemia da COVID-19.

 

As ações informam que, neste período, o Estado do Tocantins recebeu da União recurso financeiro no importe de R$ 3.198.632,002 para enfrentamento e mitigação da doença respiratória e que o Município de Palmas abriu crédito extraordinário em favor da Secretaria da saúde, no valor de R$ 26.387.993,00,  “situações que demandam a transparência e a publicidade quanto à aplicação dos recursos públicos”.

 

Em caso de descumprimento da ordem, as ACPs requerem a aplicação de multa diária no valor de R$ 10 mil.

Estado e prefeitura

A Gazeta solicitou um posicionamento do Estado e da prefeitura sobre o assunto. O espaço está aberto para a manifestação das suas partes.

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Fonte gazetadocerrado
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