Coronavírus: tudo o que você precisa saber sobre o COVID-19
Conheça os sintomas, os riscos e entenda por que é tão importante prevenir a transmissão da doença
Com tantas notícias sobre o coronavírus tomando conta da Internet, TV e rodas de conversa, fica quase impossível acompanhar a evolução das notícias sobre o tema – e acaba sendo muito fácil se deixar levar por um sentimento de pânico em torno do COVID-19. Mas, calma: não precisa ficar com medo! No Brasil, há menos de 80 casos confirmados, e a taxa de letalidade não é alta – a prioridade agora é prevenir a infecção e a transmissão da doença.
“Muito provavelmente, se você seguir as recomendações do seu médico, vai se recuperar”, explica a Dra. Camila Malta Romano, pesquisadora científica dos LIMs do Hospital das Clínicas e do Instituto de Medicina Tropical. sobre pessoas diagnosticadas com o vírus, como Gabriela Pugliesi. “Porém, esse vírus é altamente transmissível, e é nossa obrigação cuidar para que a epidemia não se propague ainda mais.” Para te ajudar nessa missão, reunimos tudo o que você precisa saber sobre o coronavírus COVID-19 nesta página: sintomas, riscos, maneiras de prevenção e até relação com pets. Confira!
Conheça os sintomas
Os principais sintomas do Covid-19 são febre, tosse, dor muscular, cansaço, falta de ar e início de pneumonia – ou seja, bem parecidos com o de uma gripe comum. Eles costumam aparecer cerca de cinco dias após o contato com o vírus. Além disso, dados mais recentes da Academia Americana de Oftalmologia apontam que o coronavírus também pode causar conjuntivite.
Entenda os riscos
Por que é tão importante se prevenir e evitar a transmissão do vírus? “Como qualquer doença infecciosa, a melhor maneira é prevenir. As pessoas com COVID-19 que apresentam sintomas mais graves podem ir a óbito, e as que se recuperam, ainda não está claro se podem ter sequelas mais adiante (visto que ainda não há tempo suficiente para esse tipo de avaliação)”, explica Dra. Camila Malta Romano, pesquisadora científica dos LIMs do Hospital das Clínicas e do Instituto de Medicina Tropical. “Mesmo os mais jovens, que aparentemente não sofrem tanto com a doença, devem evitá-la para que a rede de transmissão diminua! Não atingindo, portanto, os indivíduos com maior risco.”
Os grupos de risco, segundo a Dra. Camila, são indivíduos mais velhos, de mais de 60 anos; aqueles com doença pulmonar de base, como asma e bronquite; indivíduos com doença cardíaca ou com diabetes; e também pessoas com algum tipo de imunossupressão por quimioterapia ou por qualquer outra razão. “Ainda não está muito claro por que os mais velhos são mais suscetíveis às formas mais graves, até porque há outros vírus da mesma família que são particularmente mais graves em crianças. Parece ser uma particularidade desse vírus especificamente”, diz a Dra. sobre o COVID-19.
Como se prevenir
#1 Lave (muito) bem as mãos
E várias vezes ao dia, OK? Utilizando água e sabão (preferencialmente líquido), lave bem as mãos, sem esquecer de esfregar espaço entre os dedos, o dorso e o pulso.
#2 Vá de álcool gel
No transporte público, no Uber, no shopping, no mercado… Sempre que você não puder lavar as mãos, utilize álcool 70%!
#3 Vai tossir? Braço na frente, please!
Ao tossir ou espirrar, coloque o braço/cotovelo na frente do rosto – não as mãos!
#4 Evite passar a mão no rosto
Sempre que estiver em um ambiente público, evite passar a mão nos olhos, na boca e no nariz. O motivo disso é que o Covid-19 é transmitido por vias aéreas e pelo contato com secreções respiratórias!
#5 Mantenha os ambientes limpos
O teclado do computador, a superfície da mesa de trabalh, a tela do celular… Mantenha objetos e ambientes limpos com a ajuda de produtos desinfetantes.
#6 Evite aglomerações
É fato que festivais, shows e grandes eventos já estão sendo cancelados ou adiados por causa do novo coronavírus, mas não custa lembrar: se possível, neste momento, evite locais com uma grande concentração de pessoas.
#7 Dê férias ao beijo no rosto e ao aperto de mão
Prevenir é melhor que remediar, né? Sabemos que, no Brasil, a cultura do beijo no rosto e do aperto de mão é forte e faz parte do nosso dia a dia. Mas, para evitar maiores preocupações, troque por outros cumprimentos de longe. Que tal um “joinha” ou um “mini hang loose”?
E a máscara, hein?
Útil, mas não tanto poderosa quanto lavar as mãos e utilizar álcool gel. “Quando você está em público, a máscara deve ser apenas uma barreira simples”, diz Yvonne Maldonado, médica de doenças infecciosas do Stanford Health Care. “Isso evita que você inale grandes gotas por um curto período e evita que você toque seu rosto, que é outra maneira de colocar organismos estranhos em seu corpo”, conclui.
O que fazer se uma pessoa estiver com suspeita de coronavírus?
“Deve observar qual sua condição, se deve procurar um médico ou posto de saúde para confirmação ou exclusão da suspeita”, explica a Dra. Camila Malta Romano. “E principalmente, evitar contato com outras pessoas para evitar disseminar o vírus, caso de fato o tenha contraído.”
Testei positivo. E agora?
“Novamente, se testar positivo, ficar calmo, pois a letalidade não é alta! Muito provavelmente, se você seguir as recomendações do seu médico, você vai se recuperar”, tranquiliza a médica. “Porém, esse vírus é altamente transmissível, e é nossa obrigação cuidar para que a epidemia não se propague ainda mais. Portanto, fique em casa, e evite contato com outras pessoas.”
Por que o Covid-19 pode levar a óbito?
“A principal causa [de mortes] é a pneumonia”, diz a Dra. “A inflamação dos pulmões e brônquios, e dos alvéolos bloqueia a transferência do Oxigênio para as células do corpo. Há acúmulo de fluido nos pulmões por conta da inflamação, bloqueando ainda mais a troca de gases, podendo levar a óbito.”
Coronavírus X cães e gatos
Não, seu pet não pode ser infectado nem transmitir o Covid-19! A ONG Proteção Animal Mundial explica que, apesar de um cão ter testado positivo para o vírus em Hong Kong, não há evidências científicas de que animais domésticos, como cães e gatos, possam contrair e transmitir a doença. “Não há provas que o cachorro esteja infectado pelo coronavírus. Como a sua tutora tem a doença. É muito provável que o que foi encontrado na saliva do animal seja resultado de seu contato próximo com ela e não uma infecção completa, com replicação e transmissão do vírus” , informa a gerente de programas veterinários na Proteção Animal Mundial, Rosângela Ribeiro, lembrando que, na realidade, este cão teve um resultado ‘positivo fraco’ no teste para Covid-19, sendo assim, um caso isolado.
FONTES: Dr. Wanderley Cerqueira de Lima, neurocirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein; Grupo DG Sênior; Dra. Roselene Espírito Santo Wagner, neuropsicóloga.