Lula apoia greve dos petroleiros contra desmonte da Petrobrás

Ex-presidente Lula está em Brasília e apareceu nesta terça-feira (18) em foto nas redes sociais vestido com o uniforme laranja em apoio à paralisação nacional dos petroleiros, que entrou no 18º dia com 21 mil trabalhadores mobilizados em mais de 120 unidades. Grevistas fazem ato na sede da Petrobrás no Rio

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em Brasília nesta terça-feira (18) e apareceu em foto nas redes sociais vestido com o uniforme de petroleiro, em apoio à paralisação nacional dos petroleiros.

A greve entra nesta terça-feira em seu 18º dia, com 21 mil trabalhadores mobilizados em mais de 120 unidades do Sistema Petrobrás. A força desse movimento histórico está na unidade da categoria peroleira e na resistência aos desmandos da gestão Castello Branco.

Nesta terça, acontece uma manifestação de apoio à greve dos petroleiros e em defesa da Petrobrás na sede da estatal, no rio de Janeiro.

Leia também reportagem divulgada pela FUP sobre o assunto:

Nesta terça-feira (18), no 18º dia de greve nacional dos petroleiros, caravanas de diversas regiões do Brasil chegam ao Rio de Janeiro (RJ) para realizarem um ato unificado no Edifício Sede da Petrobrás (Edise). A mobilização contará com o apoio de outras categorias de trabalhadores, além de integrantes de movimentos populares.

A concentração para o ato está ocorrendo na Vigília dos Petroleiros, na passarela entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Edise. Desde o terceiro dia da greve dos petroleiros, que começou no dia 1º de fevereiro, militantes de diversos movimentos populares e sindicais mantém um acampamento de apoio à paralisação no local, com atividades 24 horas por dia.

Um dos participantes da Vigília é Paulo Antunes, petroleiro há 17 anos na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR). Antunes é um dos mil trabalhadores que a direção da Petrobrás pretende demitir, sem levar em consideração o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que prevê consulta anterior ao sindicato no caso de demissões em massa.

“São 400 trabalhadores diretos e 600 terceirizados. É brutal essa demissão. Nossos familiares sofrem tanto quanto a gente, muitos trouxeram as famílias pra participar junto desse movimento. A gente acredita que a Fafen é o balão de ensaio da Petrobrás, caso as demissões sejam concretizadas. A gente sabe que se passar, essas demissões vão se estender pra todo o resto da Petrobrás”, afirma Antunes.

O petroleiro está acompanhado com outros 170 companheiros de trabalho da Fafen à espera do ato desta tarde e dos desdobramentos da greve. Mas a solidariedade à greve, que já atinge 121 unidades da Petrobrás, estende-se a outras setores da sociedade, que entende a paralisação como uma tentativa de barrar a privatização da Petrobrás.

Este é o caso da militante da Frente Internacionalista dos Sem Teto (FIST), Silvânia dos Prazeres Gonçalves. “Não é uma luta apenas dos petroleiros, é uma luta do povo. Porque se a gente não unir forças o país vai continuar caminhando pra trás. A privatização tá atingindo todos os brasileiros, por isso precisamos defender a Petrobrás. Tem o caso da Cedae [Companhia Estadual de Águas e Esgotos] aqui do Rio de Janeiro, que também querem privatizar. Daqui a pouco nosso Brasil todo vai estar na mão dos Estados Unidos”, opina Gonçalves.

Decisões arbitrárias

Na noite de ontem (17), o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra, decretou que a greve dos petroleiros é ilegal. Na decisão, o ministro afirma que a paralisação “tem motivação política e desrespeita as leis de greve”.

Em vídeo, o assessor jurídico da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Normando Rodrigues, repudia a decisão. “Os petroleiros que fazem greve obedecem à Constituição da República, estão rigorosamente dentro da Lei de Greve, têm o direito de permanecer em greve e a situação jurídica dos grevistas é rigorosamente a mesma para todos. Apesar da licença entre aspas, também outra decisão estapafúrdia, para que a Petrobrás puna grevistas, essa punição vai ter que ser feita por igual, para toda a força de trabalho em greve. E vamos discutir até às últimas consequências a judicialidade ou a arbitrariedade dessa eventual punição”, explica Rodrigues.

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Fonte brasil247
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