Brasileiro conta detalhes de participação na produção do filme 1917
No ultimo dia 9 de fevereiro, a cidade de Marília, que fica no interior de São Paulo, foi representada na cerimônia de entrega do Oscar 2020. Guilherme Marega Luciano Gomes, que é assistente de produção em efeitos visuais, recebeu o maior premio do cinema mundial no seu primeiro trabalho em longa metragens.
O filme 1917, dirigido por Sam Mendes e pelo Diretor de Fotografia Roger Deakins, é um dos maiores da atualidade
Formado em Rádio e TV pela faculdade Belas Artes em São Paulo, ele trabalhou numa produtora e como estagiário na RedeTV — produzindo programas, inclusive o do João Kleber.
Ao voltar para Marília, ele percebeu que precisava passar um tempo fora e viajou para Montreal, no Canadá. Fez um curso, se formou e acabou sendo contratado pela Movie Picture Company, que fornece o serviço de efeitos visuais para filmes de Hollywood.
“Aí depois que me contrataram, eu fui colocado no projeto do 1917. Foi muito legal, um projeto imenso e extenso, árduo. Eram muitas horas, semanas que trabalhamos mais de 100 horas.”
O longa foi vencedor do Globo de Ouro de Melhor Filme de Drama e de Melhor Diretor — além de ser indicado em 10 categorias do Oscar 2020, incluindo as de Filme, Diretor, Fotografia e Roteiro original.
Guilherme Marega diz que o maior desafio foi o fato do filme de ser produzido como um chamado long take, ou seja, com um corte na filmagem. “Criar, né? Esse conteúdo constante através de todo o filme. Por mais que tenham diferentes artistas no mesmo shooting e precisávamos garantir que eles estavam produzindo algo que ia se comunicar.”
O resultado final de tanto trabalho e dedicação foi compensado. “Foi realmente muito puxado, mas muito gratificante. Ao receber esse prêmio nós temos um trabalho direto que acarretou na premiação.”
*Com informações do repórter Victor Moraes