Osmar Terra diz que afastou funcionários e que ministério colabora com a PF
Polícia Federal investiga contratos Ministro nega dispensa de licitação
O ministro Osmar Terra (Cidadania) afirmou, em nota divulgada nesta 4ª feira (12.fev.2020), que sua pasta está colaborando com as investigações da Polícia Federal a respeito de suposta fraude na contratação de serviços de tecnologia.
A PF analisa negócios do Ministério da Cidadania com a Business to Technology (B2T). Essa empresa havia, de 2016 a 2018, sido usada para desviar R$ 50 milhões, de acordo com os investigadores.
Mesmo com alertas da CGU (Controladoria Geral da União) e da AGU (Advocacia Geral da União), o Ministério da Cidadania firmou contrato com a empresa, em 2019, para suporte técnico e outros serviços especializados
A investigação sobre a contratação da B2T pela pasta de Osmar Terra foi relatada pelo jornal O Estado de S. Paulo, segundo o qual o Ministério da Cidadania firmou negócios em série e sem licitação com a empresa.
Osmar Terra negou que tenha havido dispensa de licitação para contratar a B2T. Disse que o negócio foi firmado por pregão eletrônico.
O ministro disse também que os funcionários envolvidos na contratação da empresa foram afastados “num processo de aperfeiçoamento dos controles“. Assegurou ainda que a pasta acionou a Polícia Federal e “está colaborando com as investigações“.
A investigação pode provocar a queda de Osmar Terra. No seu lugar, se houver a mudança, pode ficar Onyx Lorenzoni, atualmente na Casa Civil.
Leia a íntegra da nota de Osmar Terra:
“Sobre as notícias veiculadas pelo Estadão envolvendo a contratação da empresa B2T pelo Ministério da Cidadania é importante destacar:
Todos –mas todos– os funcionários da linha de decisão e que estão envolvidos na contratação desta empresa foram afastados num processo de aperfeiçoamento dos controles. As demissões iniciaram em agosto de 2019 e terminaram em janeiro deste ano com a demissão de toda a equipe da área de TI.
O Ministério da Cidadania está fazendo um pente-fino em todos os contratos da área.
Não houve dispensa de licitação como a reportagem induz, mas uma contratação pela modalidade pregão eletrônico da empresa.
A investigação do envolvimento desta empresa em fraudes no Ministério no Trabalho só vieram à tona e ao nosso conhecimento na semana passada.
O Ministério da Cidadania procurou também a Polícia Federal e está colaborando com as investigações”.