Vazamentos contra Lulinha são o canto de cisne da Lava Jato
Lava Jato tenta se blindar dos inquéritos sobre Figueiredo Bastos e a mesada de doleiros
Os recentes abusos da Lava Jato, vazando todas as informações do inquérito da Gamecorp, não são demonstração de força: são sinal de desespero.
Explico.
A operação sofreu dois golpes mortais. Em relação à sua credibilidade, a Vazato; em relação às suas prerrogativas, a indicação de Augusto Aras para Procurador Geral.
Não apenas isso. A Lava Jato está sob duas ameaças muito mais graves: as investigações sobre o advogado Figueiredo Bastos; e as suspeitas da caixinha de doleiros visando obter facilidades junto aos procuradores.
Figueiredo Bastos certamente será denunciado por lavagem de dinheiro e manter recursos em paraísos fiscais. A partir da revelação de sua conta, se poderá reconstituir o caminho do dinheiro.
Aí, há duas hipóteses, ambas ruins para a Lava Jato.
A primeira, é de terem transformado em principal negociador do milionário mercado de delações um advogado que lava dinheiro.
A segunda, mais grave, é a eventualidade de algum procurador ter cedido aos seus encantos.
Se houver culpados, será o golpe de morte na operação. Se não houver, serão meses tensos de investigação no qual os jornais disputarão notícias com a mesma sede de sangue do período em que comiam nas mãos dos procuradores. A Vazajato demonstrou que denunciar a Lava Jato é boa matéria jornalística.
Daí o desespero dos procuradores e a única maneira de tentar reconquistar a aliança com a mídia: denunciando familiares de Lula.