Congressistas apresentam ao STF pedido de impeachment contra Weintraub
Movimento após falhas no Enem Grupo angariou apenas 25 apoios
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Um grupo de congressistas elaborou 1 documento para pedir ao STF (Supremo Tribunal Federal) o impeachment do ministro da Educação, Abraham Weintraub. O movimento é uma reação aos erros da pasta na atribuição das notas para parte dos estudantes que fizeram o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em 2019.
Os deputados Felipe Rigoni (PSB-ES) e Tabata Amaral (PDT-SP) puxaram o movimento. A iniciativa atraiu políticos de diferentes linhas ideológicas. Demonstraram apoio nomes como o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) e os deputados Alexandre Frota (PSDB-SP), Maria do Rosário (PT-RS) e Fernanda Melchionna (Psol-RS).
O deputado Felipe Rigoni afirmou que há crime de responsabilidade na conduta do ministro. São 2 os eixos da acusação:
- Quebra de princípios do serviço público – Rigoni diz que Weintraub violou os princípios da eficiência, da transparência e da impessoalidade. “Um exemplo é muito notório. O ministro da Educação atende a uma pessoa que reclama no Twitter que sua prova do Enem estava errada. E ele falou que ia resolver, e resolveu”, afirmou o deputado.
- Quebra de decoro – “A gente está vendo uma série de quebras de decoro, o que não é menos importante. São cidadãos que são xingados diariamente pelas redes sociais [do ministro]“, afirma Tabata Amaral.
Rigoni e Tabata foram protagonistas de uma comissão de deputados que apontou problemas na gestão do MEC. Ela foi presidente do grupo e Rigoni, o relator. As acusações são baseadas no trabalho da comissão.
Os líderes do grupo convidaram a imprensa para explicar seus motivos na tarde desta 4ª feira (5.fev.2020). Naquele momento, falaram em “mais de 20” congressistas apoiando a iniciativa.
Depois da conversa com a imprensa, a assessoria de Tabata confirmou o número de assinaturas ao Poder360: 25. Para efeito de comparação, a bancada do PT na Câmara tem, sozinha, 53 deputados.